tag:blogger.com,1999:blog-15825372447207269662024-02-21T13:06:45.972-01:00HORTA XXIO presente blog tem como razão da sua existência servir de plataforma de discussão sobre o património faialense, urbanismo da cidade da horta, fóruns e debates de cidadania sobre esta cidade à beira-mar plantada. O PRESENTE BLOG É DE CARÁCTER APOLÍTICO, PELO QUE QUAISQUER PARTICIPAÇÕES RELACIONADAS COM PARTIDOS POLÍTICOS SERÃO RETIRADASUnknownnoreply@blogger.comBlogger59125tag:blogger.com,1999:blog-1582537244720726966.post-62207159120923109472013-04-11T09:54:00.000+00:002013-04-11T09:56:02.265+00:00Sobre ciclovias e outras histórias<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4XzLjBtKdmNJzz4jXhRKDSTVfeHHdLFCyCYwIrla8DqLOrtShGPibtvqDcCQoc19AixogzIG0ljPW4VkynC24M1F2Qf-JbHynZmwEvtF6aZWwfi_TMd8mhza_iF1HZQfggFxgaq1PCJw/s1600/fahrradwege-sentieri-bici_cl.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4XzLjBtKdmNJzz4jXhRKDSTVfeHHdLFCyCYwIrla8DqLOrtShGPibtvqDcCQoc19AixogzIG0ljPW4VkynC24M1F2Qf-JbHynZmwEvtF6aZWwfi_TMd8mhza_iF1HZQfggFxgaq1PCJw/s320/fahrradwege-sentieri-bici_cl.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: left;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Quando se fala em ciclovias a primeira imagem que surge na cabeça da maior parte das pessoas é uma faixa de cor vermelha paralela a uma faixa de circulação automóvel onde as bicicletas podem andar e de onde não devem sair. As ciclovias têm de facto como principal função separar dois tipos de transporte com características muito diferentes quer em termos de massa, quer em termos de velocidade. Numa situação de tensão entre automóvel e bicicleta é fácil adivinhar quem sofre as piores consequências. Esta foi a principal razão para a criação de ciclovias durante os anos 70 do século passado. Ou seja, as ciclovias foram criadas para permitir aos utilizadores de bicicleta terem um espaço de circulação livre de automóveis, não sendo no entanto obrigatório o seu uso por parte daqueles. Ao ser criado um espaço de circulação exclusivamente para utilizadores da bicicleta está-se a dizer que os mesmos são importantes e que merecem uma especial atenção.</span></div>
<div style="min-height: 16px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b></b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Naturalmente, existem situações diversas de circulação e urbanísticas, que exigem abordagens diferentes no que diz respeito à prioratização de circulação de bicicletas. Nos próximos parágrafos iremos abordar os principais tipos de ciclovias.</span></div>
<div style="min-height: 15px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Tipo I: Circulação partilhada – Este tipo de solução é internacionalmente conhecida como “sharrows”, palavra que resulta da contração de “shared rows” e que significa literalmente faixa partilhada. Poderíamos pensar que este tipo é o que existe em todas as estradas sem ciclovias, como é o caso das ruas da cidade da Horta. No entanto, apesar de existir uma partilha da faixa de circulação entre bicicletas e veículos motorizados e, como, tal não existir uma ciclovia típica, as “sharrows” são na realidade ciclovias onde os veículos motorizados podem circular sob determinadas circunstâncias. Ou seja, são geralmente ruas estreitas, onde não existe espaço ou necessidade de haver separação dos dois tipos de circulação, mas onde os veículos motorizados têm de circular a velocidades baixas, não devendo ultrapassar a velocidade de circulação das bicicletas. Nas “sharrows”, as formas de mobilidade suave (bicicletas, peões, etc.) são preponderantes e os condutores têm de circular de forma extremamente cautelosa. As “sharrows” são utilizadas principalmente em partes antigas de cidades ou em zonas residenciais, ou seja, em artérias que não funcionem como elementos de ligação entre diferentes pontos da cidade.</span></div>
<div style="min-height: 15px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Tipo II: Ciclovia pintada – É o tipo mais comum e de construção menos dispendiosa. A ciclovia pintada é usada principalmente em artérias de distribuição e ligação com movimento reduzido ou moderado, onde a circulação automóvel se faz com velocidade reduzida (ou seja, inferior a 30km/h). A ciclovia pintada é geralmente uma solução de adaptação de situações de circulação existentes nas quais existe uma redução da prioratização da circulação automóvel, nomeadamente através da remoção de faixas de circulação ou de estacionamento, de forma a permitir a criação de uma faixa para bicicletas com uma largura entre 1m e 1,5m para cada sentido de circulação, com as bicicletas e os veículos motorizados a circular no mesmo sentido. À parte a marcação no pavimento, não existem mais formas de separação dos dois tipos de circulação.</span></div>
<div style="min-height: 15px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Tipo III: Ciclovia fisicamente separada – O ex-libris das ciclovias é igualmente o mais honoroso de todos os tipos de adaptação de ciclovias a vias de circulação existentes. É utilizada principalmente em artérias com grande tráfego, ou de circulação automóvel de velocidade moderada a elevada. Sendo a forma mais segura e eficaz de protecção dos utilizadores de bicicleta, é igualmente a solução indicada para novas vias de circulação. As ciclovias que atravessam parques urbanos são particularmente eficazes como vias de ligação, uma vez que permitem vencer grandes distâncias sem a existência de cruzamentos ou outro tipo de intersecções que interrompam a normal circulação de veículos, proporcionando ao mesmo tempo uma fuga aos ambientes agressivos das cidades, sejam eles visuais, sonoros, olfactivos ou ambientais.</span></div>
<div style="min-height: 15px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Posto isto, coloca-se a seguinte questão: Quais os tipos de ciclovias mais indicados para a cidade da Horta?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Dadas as características da circulação automóvel na cidade, de reduzido volume de tráfego automóvel, e devido à ausencia de necessidade de circulação automóvel a velocidades moderadas a elevadas, as duas primeiras opções são as mais correctas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Ou seja, nas principais vias de comunicação, como por exemplo a estrada regional entre a rotunda da Feteira e o novo cais, incluindo a Rua do Peter e Av. 25 de Abril, poderiam ser feitas ciclovias pintadas (mas não a vermelho, por diversas razões que poderei explicar noutra altura), enquanto no resto da cidade a solução de circulação partilhada (“sharrows”) poderá ser facilmente aplicada e com grandes benefícios para peões e urbanitas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Naturalmente que estas soluções só são possíveis através da redução da preponderância do automóvel, situação que geralmente encontra algumas barreiras nas mentes mais conservadoras. Curiosamente, estas soluções são as menos honorosas de realizar, sendo que a maior dificuldade será na mudança de mentalidades, mas essa é outra história...</span></div>
<div>
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1582537244720726966.post-51598752124899146542012-05-11T19:46:00.003+00:002012-05-11T19:47:24.182+00:00I cycle in horta<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEii6P23Ap32fXwESMn8jhjR0NnaPXxqUEChd1YW9Q2BtELxAEWw-svRQS6yS1a6xydC-YSoeYVPkIbtCF-Pn2DCB3kxBBql2pO9LWNpxDzXQ6ctMWYEjHCQu68w6QhgiKYXKWmNiPjDh-U/s1600/431678_320931644623718_100001206560754_1032100_149369906_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEii6P23Ap32fXwESMn8jhjR0NnaPXxqUEChd1YW9Q2BtELxAEWw-svRQS6yS1a6xydC-YSoeYVPkIbtCF-Pn2DCB3kxBBql2pO9LWNpxDzXQ6ctMWYEjHCQu68w6QhgiKYXKWmNiPjDh-U/s320/431678_320931644623718_100001206560754_1032100_149369906_n.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
“I cycle in horta” é
um grupo de discussão e promoção da bicicleta como veículo de
mobilidade urbana. É um grupo aberto com existência virtual e real.
A sua presença virtual faz-se através do facebook (procurando <i>I cycle in horta</i>), página a que qualquer
utilizador do facebook pode aderir e qualquer pessoa pode consultar e
na qual são publicados vídeos,
fotos e artigos relacionados com a cultura da bicicleta. Fora da
<i>world wide web</i> este grupo promove acções de sensibilização
de entidades oficiais e público em geral para as vantagens e
mudanças necessárias para utilizar a bicicleta como meio de
transporte nesta bela cidade. Entre as iniciativas deste grupo
recém-nascido encontra-se uma reunião com o responsável máximo do
poder local, na qual foram sugeridas diversas propostas para melhorar
as condições de utilização dos meios suaves de mobilidade
(pedonal e bicicleta). Outra iniciativa foi o “1º bic-nic horta”
que teve lugar no parque de merendas do porto da Feteira, para o qual
se propôs que os participantes se fizessem deslocar de bicicleta.
Esta iniciativa será para repetir todos os meses, em locais
diferentes, de forma a eliminar alguns mitos existentes sobre a
dificuldade de utilizar a bicicleta como meio de transporte na
cidade.</div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
É precisamente sobre
esses mitos, e o desmontá-los, que os próximos parágrafos se vão
debruçar:</div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
Mito nº 1- Condições
climatéricas adversas: Quem ouvir as previsões meteorológicas dos
media nacionais fica com a sensação que nestas ilhas atlânticas
está sempre a chover e que os açorianos nunca viram o sol. Quem cá
vive sabe que isso não é verdade. Todos nós sabemos que de facto
chove bastante mas não de forma permanente. Quem anda a pé ou de
bicicleta já se apercebeu que existem dois tipos de precipitação
mais comuns, os aguaceiros, que às vezes são bastante fortes mas
geralmente de curta duração, e a chuva miudinha e persistente.
Quando está de aguaceiros tudo o que temos de fazer é esperar que
passe, algo que teremos sempre de fazer mesmo quando nos deslocamos
de carro. Quando está chuva miudinha o tempo de deslocação numa
bicicleta é tão curto que não chegamos a ficar molhados,
principalmente se tivermos em conta que podemos ir de porta a porta
com este meio de transporte. No que diz respeito ao clima,
pessoalmente considero que a situação mais adversa é o vento
fresco a forte frontal, que torna a deslocação mais difícil. No
entanto, esta situação é facilmente minimizada com uma bicicleta
com mudanças e uma boa escolha de percurso (o interior da cidade é
menos ventoso que a frente marítima). Em Copenhaga e Amsterdão as
condições climatéricas são francamente mais adversas do que aqui
e cerca de 80% dos utilizadores de bicicleta continuam a fazê-lo no
Inverno, apesar das temperaturas negativas e das estradas com neve.</div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
Mito nº 2- A cidade é
demasiado íngreme: Cerca de 80% a 85% do comércio e serviços da
cidade encontra-se na parte baixa da mesma, sendo totalmente
acessível com qualquer tipo de bicicleta. Para as ligações entre
as zonas residenciais a cotas intermédias (hospital, ALRAA, novo
DOP) e as áreas comerciais, as mesmas são possíveis com uma boa
bicicleta com mudanças e com uma boa escolha de percursos (um
percurso mais longo e menos íngreme é mais acessível do que um
percurso mais directo que tenha uma subida mais acentuada). Para a
ligação das zonas residenciais a cotas mais altas (Belavista e
Dutras) com a cidade, a mesma é possível com uma bicicleta
eléctrica, que dá um apoio nos troços mais difíceis. Cidades como
Lisboa, Porto ou São Francisco são mais íngremes do que a Horta e
o número de utilizadores de bicicleta nestas cidades está a
aumentar diariamente.</div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
Mito nº 3- Condições
de circulação adversas: As estradas tipo calçada não são as mais
indicadas para a circulação de bicicletas, sendo os pavimentos em
asfalto muito mais confortáveis. No entanto, este problema pode ser
minimizado com uma boa bicicleta, que tenha um sistema de
amortecedores na roda da frente e um selim que seja confortável e
com amortecedores. Uma bicicleta com amortecedores na roda traseira
também pode ajudar. Mais grave é a falta de ciclovias,
estacionamento e condições de segurança e facilidade de
circulação. Contudo, só será possível melhorar as mesmas através
da sensibilização dos governantes locais e regionais. Naturalmente,
quanto mais pessoas exigirem melhores condições de mobilidade
suave, maior a sensibilidade das entidades para ir ao encontro dessas
exigências.</div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
Mito nº 4- Vestuário:
Não há nada mais assustador do que ver alguém andar de bicicleta
de forma descontraída na marginal totalmente equipado para fazer
BTT. Não me interpretem mal, não tenho nada contra os equipamentos
de BTT, os mesmos são práticos e úteis no seu verdadeiro contexto,
mas tão desadequados à utilização urbana como o equipamento de um
piloto de rally para o cidadão comum andar de carro na cidade. Uma
bicicleta adequada, com guarda-lamas, protecção de corrente,
protecção de saias (nas bicicletas de senhora), etc. permite que
nos desloquemos com a roupa do dia a dia. Este é um mito tão
enraizado na sociedade contemporânea que surgiu um movimento global
para mostrar que andar de bicicleta não é incompatível com a
utilização de roupa quotidiana. Esse movimento chama-se <i>Cycle
Chic </i><span style="font-style: normal;">e surgiu há mais de cinco
anos na Dinamarca através do “Copenhagen Cycle Chic”
(</span><span style="color: navy;"><span lang="zxx"><u><a class="western" href="http://www.copenhagencyclechic.com/"><span style="font-style: normal;">http://www.copenhagencyclechic.com/</span></a></u></span></span><span style="font-style: normal;">),
tendo-se alastrado a outras cidades do mundo incluindo Lisboa e
Porto.</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
Como podemos observar,
existe algo essencial para que seja possível utilizar a bicicleta
como meio de transporte urbano, e que é: uma boa bicicleta. Uma
experiência desagradável numa bicicleta desadequada é suficiente
para quebrar o ânimo de utilizadores menos motivados. Existem
diversos tipos de bicicleta sendo que, para uma utilização mais
urbana, uma bicicleta de cidade é mais indicada do que uma bicicleta
de montanha (BTT) ou de estrada (ciclismo). É importante lembrar que
uma utilização urbana da bicicleta é muito diferente de uma
utilização fora de estrada, e que uma bicicleta que permita uma
posição mais vertical do tronco oferece uma melhor visibilidade do
que nos rodeia, alivia a pressão nos pulsos e dá mais conforto na
zona dos rins. Na hora de comprar, vale a pena perder algum tempo a
analisar diversos modelos, tendo sempre presente as necessidades
pessoais, tais como o tamanho do quadro, tipo de selim, tipo de
guiador, tipo de sistema de travões e de mudanças, acessórios,
etc. Na página “I cycle in horta” não faltam alternativas e
sugestões para encontrar a bicicleta certa.</div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
A todos os que queiram
juntar-se-nos, sejam bem-vindos...</div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
nota: Este artigo foi publicado na edição 74 do jornal cultural FAZENDO.</div>
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1582537244720726966.post-61149738590438685982012-04-10T19:41:00.002+00:002012-04-10T19:46:04.471+00:00Horta: a cidade dos automóveis<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiot2Ox5YdKkDSrEfQCcm-IVAjMxvkDOg9gQeBOrBZoMGnI4WWWkVdWULTPoTIE3oSkcnCBjIUyuJp25uKG1lMwDwMqS2btNIIA6fjbBPjrAuTOWeVifs37SyLa1cMw2uxHJrokTt8CM7A/s1600/P2243835c.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiot2Ox5YdKkDSrEfQCcm-IVAjMxvkDOg9gQeBOrBZoMGnI4WWWkVdWULTPoTIE3oSkcnCBjIUyuJp25uKG1lMwDwMqS2btNIIA6fjbBPjrAuTOWeVifs37SyLa1cMw2uxHJrokTt8CM7A/s320/P2243835c.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5729859910383118962" /></a> <p lang="pt-PT" align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm"><span style="color:#000000;"><span style="background: transparent">Na última edição do FAZENDO foram apresentadas quatro cidades onde a utilização do automóvel deixou de ser prioritária e em que outras formas de mobilidade ganharam mais protagonismo, sendo a bicicleta um dos meios de transporte mais populares nas referidas cidades. Tal como então referi, as principais causas para essa mudança foram os problemas relacionados com o excesso de tráfego automóvel, nomeadamente o congestionamento, a falta de estacionamento, e um elevado número de acidentes graves.</span></span></p> <p lang="pt-PT" align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm"><span style="color:#000000;"><span style="background: transparent">Na Horta não existem estes problemas, uma vez que acidentes graves no centro da cidade são praticamente inexistentes, raramente é necessário estacionar a mais de 500m do local onde queremos ir, e não existe qualquer condicionamento à circulação automóvel. Qualquer condutor poderá ir a qualquer ponto da cidade a qualquer hora e sem ter de se preocupar com o tempo que demora a chegar, porque simplesmente não há congestionamentos ou “horas de ponta”. O que nos leva a colocar esta questão: se não há problemas de trânsito, porque é que se deve mudar alguma coisa? A razão é óbvia e prende-se com o facto de esta facilidade de mobilidade por parte dos automóveis ser feita à custa da dificuldade das restantes formas de mobilidade.</span></span></p> <p lang="pt-PT" align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm"><span style="color:#000000;"><span style="background: transparent">Qualquer peão conhece as dificuldades de circular a pé na cidade e consegue facilmente imaginar o quão difícil deve ser a deslocação diária por parte de pessoas idosas, pessoas com mobilidade condicionada, pessoas com carrinhos de bebé ou com uma criança pela mão. Não é por acaso que o mercado e o hipermercado são dos poucos sítios em que as pessoas param para conversar com alguém que encontrem ocasionalmente, enquanto fazem as suas compras. Nesses locais podem parar descontraidamente sem correr o risco de serem atropeladas e sem causar problemas de circulação às outras pessoas devido à exiguidade dos passeios. É esse ambiente que se deseja no interior das cidades, locais para os cidadãos se poderem encontrar, parar, conversar.</span></span></p> <p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm"><span style="color:#000000;"><span lang="pt-PT"><span style="background: transparent">É por esta razão que diversas ruas da Horta deveriam ter acesso automóvel condicionado, sendo possível circular apenas veículos autorizados (moradores, taxis, camiões do lixo, veículos prioritários, etc). </span></span></span>A primazia do automóvel nas políticas de mobilidade na cidade da Horta foi levada a pontos extremos, estando patente nas diversas ruas em que existe estacionamento automóvel em vez de passeios (Rua Nova, Rua de São Paulo, Rua de São João, Rua de Jesus, só para citar algumas), e obrigando os peões a circularem em estado de alerta e a recolherem-se entre os carros estacionados de cada vez que passa outro veículo. A solução passa pela interdição de estacionamento nas ruas sem passeios, ou em que os mesmos sejam estreitos (menos 1,5m de largura), de forma criar condições de circulação pedonal com segurança.</p> <p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">Naturalmente que esta solução diminuirá a actual facilidade de estacionamento mas, em contrapartida, resolverá os problemas de mobilidade individual dos cidadãos, mobilidade essa que, ao contrário do estacionamento automóvel particular, é um direito previsto na lei (Decreto-Lei n.º 163/2006, de 8 de Agosto).</p> <p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">Em Curitiba e Bogotá a mudança foi feita por políticos com visão. Em Amsterdão e Copenhaga a mudança foi feita por exigência dos cidadãos. E na Horta, como será?</p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">(Este artigo foi publicado na edição nº 73 do FAZENDO. Ilustração de Tomás Silva)</p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1582537244720726966.post-72078912948902212972012-02-07T19:50:00.002-01:002012-02-07T20:03:05.069-01:00a bicicleta e o futuro das cidades.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzqff77D5gkk50R-Kck0UzTClMK2ZcvVlKlFbhd0hkm1I1Hnna19q4yEYUKxneMD3c0ARE_cGadjwflWdM5OzMIJinU05TW9PBtIiCvcEPQLeBBFUHf6aQbT88QMvU2B8s6yrU1hUlXgc/s1600/amsterdamize.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 226px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzqff77D5gkk50R-Kck0UzTClMK2ZcvVlKlFbhd0hkm1I1Hnna19q4yEYUKxneMD3c0ARE_cGadjwflWdM5OzMIJinU05TW9PBtIiCvcEPQLeBBFUHf6aQbT88QMvU2B8s6yrU1hUlXgc/s320/amsterdamize.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5706501254233945010" /></a> <p lang="pt-PT" align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm"><span style="color:#000000;"><span style="background: transparent">Amsterdão, Bogotá, Copenhaga e Curitiba. Para além de cobrirem as primeiras letras do alfabeto estas quatro cidades têm algo de muito especial. Todas elas são repetidamente apresentadas como modelos de sucesso no que diz respeito à mobilidade dos cidadãos bem como à qualidade de espaços que permitem o convívio e usufruto por parte dos seus utilizadores.</span></span></p> <p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm; background: transparent"><span style="color:#000000;"><span lang="pt-PT"><span style="background: transparent">Como é que cidades de países com costumes e níveis de desenvolvimento tão distintos podem estar tão próximas na relação entre as mesmas e os cidadãos? A resposta é extremamente simples e reside nas políticas de transporte e de planeamento, adoptadas durante os anos 70, em todas elas. Por razões distintas verificou-se que nestas cidades havia um problema de mobilidade, estando todas elas, como qualquer cidade moderna, maioritariamente vocacionadas para o uso do automóvel como meio de transporte </span></span></span><span style="color:#000000;"><span lang="pt-PT"><span style="font-style: normal"><span style="background: transparent">principal dos seus cidadãos.</span></span></span></span><span style="color:#000000;"><span lang="pt-PT"><span style="background: transparent"> Tal como em todas as cidades modernas, nestas cidades existiam problemas graves de congestionamento automóvel, falta de estacionamento e dificuldades de mobilidade por parte de não utilizadores de automóvel. Em Amsterdão, a adicionar a estes problemas surgiu igualmente um problema de aumento radical de acidentes mortais, sendo grande parte das vítimas crianças. A fim de inverter esta situação houve, há cerca de quatro décadas, uma mudança radical nas políticas de transporte. Nas duas cidades europeias essa mudança foi imposta por protestos massivos por parte dos cidadãos, enquanto nas duas cidades latino-americanas essa mudança foi introduzida por parte de governantes com visão.</span></span></span></p> <p lang="pt-PT" align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm"><span style="color:#000000;"><span style="background: transparent">Em vez de se demolirem edifícios para alargamento de ruas, ou de se transformarem parques e jardins em estacionamentos automóveis, melhorando as condições para a mobilidade automóvel, nestas cidades optou-se por fazer o inverso e deixou de se privilegiar o uso deste meio de transporte. Faixas de circulação automóvel foram transformadas em faixas para transportes públicos, bem como em faixas de circulação para bicicletas. Os passeios foram aumentados através da redução do estacionamento automóvel, e nos centros históricos o acesso automóvel passou a ser altamente condicionado. O resultado destas medidas foi um súbito aumento do uso dos transportes públicos e principalmente da bicicleta como meio de transporte. Em Amsterdão e Copenhaga, cerca de 35% das pessoas utiliza a bicicleta como meio de transporte entre casa e trabalho, número que aumenta para 50% se se considerarem apenas as deslocações para outras actividades, como ir às compras ou a ocupação dos tempos livres.</span></span></p> <p lang="pt-PT" align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm"><span style="color:#000000;"><span style="background: transparent">A bicicleta permite uma deslocação de porta a porta, sem problemas de estacionamento, sem custos de deslocação e baixos custos de manutenção, permitindo fazer exercício físico ao mesmo tempo que nos deslocamos. A juntar a todas estas vantagens, lembro que o uso da bicicleta não emite gases de efeito de estufa, sendo, assim, um meio de transporte ecológico. Infelizmente o uso da bicicleta está, ainda, associado a classes sociais mais baixas, devido ao seu baixo custo, contrariamente ao automóvel, que continua a ser um símbolo de estatuto económico. No entanto, esta mentalidade está aos poucos a mudar e é possível ver, em cada vez mais cidades, tal como em Amsterdão, Bogotá, Copenhaga e Curitiba, pessoas de todas as idades, credos ou classes sociais a utilizarem a bicicleta como meio de transporte.</span></span></p> <p lang="pt-PT" align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm"><span style="color:#000000;"><span style="background: transparent">Tal como no início do século XX, quando a bicicleta permitiu uma maior autonomia às mulheres, impulsionando em parte as lutas pela igualdade de géneros, no início do século XXI a bicicleta permitirá melhorar a mobilidade da generalidade dos cidadãos e reduzir a desigualdade social e o isolamento pessoal provocados pelo automóvel. O futuro das cidades passa pela restrição do uso do automóvel e pela implementação de meios que permitam a mobilidade pessoal não poluente e não invasiva.</span></span></p> <p lang="pt-PT" align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm"><span style="color:#000000;"><span style="background: transparent">A mudança já começou.</span></span></p> <p lang="pt-PT" align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm"><span style="color:#000000;"><span style="background: transparent">E tu, vais ficar a ver passar as bicicletas?</span></span></p><p lang="pt-PT" align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm"><span style="color:#000000;"><span style="background: transparent">nota: este artigo foi publicado na edição nº 71 do FAZENDO.</span></span></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1582537244720726966.post-63485820229887862852010-09-20T10:15:00.003+00:002010-09-20T10:42:07.671+00:00dia europeu sem carros<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYYR8WMP3o4Hj8gGGWyddS0pbSeO35bhkdZIWfq2r62vKqaKN7zJothzo9UfIhtlZx1Q_1tmw_hFaWRspUfdSmdrz5Xfzo-oIMzIuZt4fhRZiYejwADtDTIdtSi-kxv0gfl8W_n-UibPM/s1600/image001.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 336px; height: 202px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYYR8WMP3o4Hj8gGGWyddS0pbSeO35bhkdZIWfq2r62vKqaKN7zJothzo9UfIhtlZx1Q_1tmw_hFaWRspUfdSmdrz5Xfzo-oIMzIuZt4fhRZiYejwADtDTIdtSi-kxv0gfl8W_n-UibPM/s400/image001.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5518937588196950914" /></a><span class="Apple-style-span" style="font-family:'trebuchet ms';"><div style="text-align: justify;">Como será do conhecimento de todos, no próximo dia 22 (quarta-feira) será celebrado mais um dia europeu sem carros e da semana europeia da mobilidade. Este ano a Câmara Municipal da Horta resolveu aderir, parcialmente, a este projecto, promovendo diversas iniciativas nomeadamente: inauguração de mais um parque de bicicletas (será o sexto), organização de um ciclo paper e interdição de circulação automóvel, entre as 8h e as 15h30 do dia 25 de Setembro (sábado) da rua Serpa Pinto, Largo Duque de Ávila e Bolama e parte da rua Walter Bensaúde.</div><div style="text-align: justify;">O Blogue HORTA XXI gostaria de dar os parabéns à Câmara Municipal da Horta pela adesão a este evento tão importante para a consciencialização ambiental de de qualidade de vida nas cidades, bem como às suas iniciativas propostas.</div><div style="text-align: justify;">O blogue HORTA XXI gostaria, no entanto, de propor algumas iniciativas mais, bem como a alteração de outras na próxima edição, nomeadamente: introdução de postos de recolha e entrega de hortabike na totalidade das freguesias urbanas, através de protocolos com as juntas de freguesia. Utilização gratuita dos mini-bus durante toda a semana europeia da mobilidade. Interdição de circulação automóvel nos troços previstos durante toda a semana europeia da mobilidade.</div><div style="text-align: justify;">Mais uma vez, aos organizadores dos "dias verdes cmh", apresentamos os parabéns, desejando que as sugestões apresentadas possam levar esta iniciativa um pouco mais longe.</div></span>Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1582537244720726966.post-1413701997851422010-06-16T13:46:00.005+00:002010-06-16T14:15:34.207+00:00a importância dos técnicos qualificados na intervenção do espaço público<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjM_Cmje8vDcpY5ZVJM0lNVhu-7hfAk7TFPNLPQCOLKJmy8LGiKNhrIP2DWRT4rMOi0g9JTbAX5PYV8EmLzKlewfBXmIiMyK7bCVrX2gCj-eVmSu1Ii1DJh8lABcWzGAVxYNM-tT92vK30/s1600/IMG_0366.JPG"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjM_Cmje8vDcpY5ZVJM0lNVhu-7hfAk7TFPNLPQCOLKJmy8LGiKNhrIP2DWRT4rMOi0g9JTbAX5PYV8EmLzKlewfBXmIiMyK7bCVrX2gCj-eVmSu1Ii1DJh8lABcWzGAVxYNM-tT92vK30/s320/IMG_0366.JPG" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5483367924314785618" /></a><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'trebuchet ms', serif;">Deambulando pela Horta rapidamente apercebemo-nos de algumas intervenções no espaço público que se destacam pela sua qualidade. Citando alguns casos como a esplanada da Taberna de Pim (na fotografia), na nova esplanada do Peter Café Sport, no jardim da CASA, etc. podemos observar que têm em comum o facto de terem sido feitas por técnicos qualificados. Outras há, que não foi necessária qualquer intervenção, porque a envolvente já tem as condições necessárias para este tipo de utilização, como é o caso da esplanada do Café Internacional e a do Café Infante. Infelizmente existem outras em que foi necessário uma intervenção, mas cujos promotores optaram por não envolver quaisquer técnicos e cujos resultados deixam muito a desejar. Soluções como o JackPote, as roulotes de comida rápida, a esplanada do café junto ao tribunal, etc. pululam pela cidade sem aproveitar todo o potencial dos locais onde estão inseridas. Muitas das vezes esquecemo-nos que elas existem ou simplesmente ficamos sem vontade de frequentá-las a menos que não haja mais alternativas.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'trebuchet ms', serif;">Não nos podemos esquecer que o espaço público é de todos e deveria existir alguma exigência nas propostas de intervenção ou de ocupação do mesmo.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'trebuchet ms', serif;">Naturalmente que existem espaços agradáveis que não foram feitos por arquitectos, designers ou arquitectos paisagistas, mas foram feitos por pessoas com sensibilidade estética e, principalmente, com muita informação sobre diversos tipos de intervenção no espaço público.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'trebuchet ms', serif;">Criar um espaço abrigado para albergar uma mesas no exterior é muito mais que ir ter com um serralheiro com jeito para soldar tubos de aço galvanizado, pedir um toldo aos fornecedores de café e umas cadeiras aos fornecedores de refrigerantes. E a quem não consegue ver diferenças entre uma intervenção elaborada por técnicos qualificados e uma intervenção desenrascada à portuguesa, recomendo que passe uma ou duas horas na esplanada da Taberna de Pim, e talvez consiga sentir a diferença.</span></div>Unknownnoreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-1582537244720726966.post-10202556751771217842010-04-28T19:45:00.002+00:002010-04-28T19:51:54.109+00:00A "Arte Nova" e o Plano de Urbanização<p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm"><span style="color:#000000;"><span lang="pt-PT">Com a reconstrução da cidade da Horta após o sismo de 1926, a imagem tradicional desta cidade foi bastante alterada. Até então, </span></span><span style="color:#000000;"><span lang="pt-PT">conforme relatado por diversos autores, a cidade da Horta era uma cidade decorada a branco e cinzento, cores tradicionais da arquitectura popular devido às cores naturais dos materiais utilizados, a cal e o basalto. Naturalmente, nem todas as casas tinham as molduras, socos e cunhais em pedra à vista, sendo que, nas situações em que estes elementos eram em argamassa, os mesmos eram pintados a cinza escuro, de forma a combinar com os elementos de basalto das edificações mais nobres. As excepções eram, naturalmente, as construções edificadas por pessoas “de fora”, como foi o caso dos D'Abney. O sismo de 1926, tal como as diversas catástrofes que aconteceram ao longo da História, trouxe destruição, mas também uma oportunidade de renovação. Curiosamente vivia-se na Europa um período riquíssimo das artes decorativas, ao qual a arquitectura não ficou imune, surgindo assim um estilo arquitectónico que, apesar de ter diferentes denominações nos diversos países onde surgiu (Holanda, França, Bélgica, Inglaterra, etc.), ficou internacionalmente conhecido pelo nome “Arte Nova”.</span></span></p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm"></p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm"><span style="color:#000000;"><span lang="pt-PT">Rapidamente surgiram os grandes edifícios multiresidenciais em locais privilegiados (gavetos ou junto a espaços públicos), fortemente decorados </span></span><span style="color:#000000;"><span lang="pt-PT">e destacando-se das demais construções. Grande parte destes edifícios continua a existir e, felizmente, a maioria está bastante preservada, existindo apenas um, ou dois, que necessitam urgentemente de intervenção.</span></span></p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm"></p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm"><span style="color:#000000;"><span lang="pt-PT">Os habitantes da Horta não ficaram indiferentes a esta nova vaga de </span></span><span style="color:#000000;"><span lang="pt-PT">cor, de formas e de casas luminosas e rapidamente adoptaram muitas das características desta novas edificações, nomeadamente nas dimensões dos vãos, no formato das molduras, nos varandins, nas platibandas, etc. Houve até quem tenha adaptado as suas casas a esta linguagem com o mínimo de intervenção, recorrendo a soluções tão simples como pintar a fachada com tons claros de verde, rosa, amarelo ou azul, e as molduras, socos e cunhais de branco. Pouco a pouco, a cidade da Horta foi-se alegrando, tornando-se colorida, ganhando a imagem de uma cidade com uma linguagem contemporânea, mesmo com construções de cariz tradicional.</span></span></p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm"></p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm"><span style="color:#000000;"><span lang="pt-PT">Infelizmente</span></span><span style="color:#000000;"><span lang="pt-PT">, parte dessa riqueza cromática perdeu-se no último quartel do séc. XX, em parte devido à implementação de um artigo no regulamento municipal, durante os anos 80, que incentivou um regresso à imagem de uma cidade pintada a cinzento e branco.</span></span></p> <p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm"><span style="color:#000000;"><span lang="pt-PT">No entanto</span></span><span style="color:#000000;"><span lang="pt-PT">, ainda estamos a tempo de recuperar a imagem “Arte Nova” que caracterizou a cidade após o sismo de 1926, ou, pensando melhor, talvez não. E porque não?</span></span></p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm"></p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm"><span style="color:#000000;"><span lang="pt-PT">Consideremos as características gerais das edificações tradicionais que tentaram </span></span><span style="color:#000000;"><span lang="pt-PT">adaptar-se à imagem tipo “Arte Nova”: fachadas de cores claras, vãos verticais e molduras, socos e cunhais pintados a branco. De acordo com o Regulamento do Plano de Urbanização (versão revista), as cores permitidas para as molduras, cunhais e socos em argamassa são o cinzento e o preto, invalidando completamente a imagem “Arte Nova” de qualquer intervenção que não esteja já com estes elementos pintados a branco. Espero apenas que a sensibilidade e o bom senso dos serviços municipais prevejam alguma “abertura” para situações em que é essencial para a imagem de rua que novas intervenções tenham elementos decorativos pintados a branco, porque a aplicação integral deste ponto, que parece tão insignificante, poderá agravar ainda mais a perda da identidade “Arte Nova” do centro da cidade da Horta.</span></span></p> <p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm"><span style="color:#000000;"><span lang="pt-PT">Para terminar</span></span><span style="color:#000000;"><span lang="pt-PT">, gostaria de deixar bem claro que não tenho nada contra as molduras e cunhais pintadas a cinzento, apenas contra a sua obrigatoriedade, injustificada, na minha opinião.</span></span></p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">Nota: este post foi publicado na edição nº 37 do jornal FAZENDO.</p><p></p><p></p> <p></p> <p></p>Unknownnoreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-1582537244720726966.post-4943463784001885402010-03-27T13:24:00.007-01:002010-03-27T14:19:27.927-01:00passadeiras sem saída<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-3tSYK3Xq9OrE00UK11KuUI1n2Oyld5vgTVnIp_9MLXNrFrjT3uHhc-uwS_kBeKObSZ8fjHe02HxnjNoZTjPMhZJfQbY1lUU3C_lP90qd05_vbhBhp3PbPSkcGcEREBFPGOsLeJ1SSVw/s1600/IMG_0297.JPG"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-3tSYK3Xq9OrE00UK11KuUI1n2Oyld5vgTVnIp_9MLXNrFrjT3uHhc-uwS_kBeKObSZ8fjHe02HxnjNoZTjPMhZJfQbY1lUU3C_lP90qd05_vbhBhp3PbPSkcGcEREBFPGOsLeJ1SSVw/s320/IMG_0297.JPG" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5453320429658941138" /></a><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'trebuchet ms';">Quem costuma circular a pé pela cidade da Horta e faz os possíveis por atravessar nas passadeiras (respeitando a legislação em vigor)com certeza já se deparou com uma situação semelhante à ilustrada na imagem ao lado, de atravessar numa passadeira e dar de caras com um muro, ou uma casa, sem que haja passeio para dar continuidade ao seu percurso. O caso ilustrado passa-se em frente à escola junto ao centro de saúde e, como decerto saberão, não existe passeio entre os novos edifícios da "ter casa Açores" e o passeio das novas instalações do DOP, do lado do centro de saúde. Em contrapartida, nesse mesmo troço, e somente nesse mesmo troço, existe passeio do lado oposto. O problema surge quando a única passadeira existente se situa mesmo em frente à porta da escola, cujo lado oposto não tem passeio. Quem quiser ir até ao centro de saúde tem duas opções: 1 - atravessa na passadeira, respeitando o código de estrada e faz o restante percurso pela estrada ou pela caleira de encaminhamento de águas pluviais (com cuidado para não cair nas diversas sarjetas distribuídas pela caleira). 2- Segue pelo passeio do lado da escola e faz a travessia mais próximo da entrada do centro de saúde, incorrendo numa infracção ao referido código da estrada (coima de 10€ a 50€), uma vez que existe uma passagem para peões a menos de 50 metros. Podemos encontrar uma situação semelhante em frente à porta Norte da Escola Profissional.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'trebuchet ms', serif;">Deixo registados aqui estes dois casos dado serem situações irregulares em frente a escolas, duas passagens de peões com uma utilização bastante intensa e, como tal, sujeitas à ocorrência de acidentes. Estas são situações que reforçam os argumentos de revisão do trânsito da cidade da Horta.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'trebuchet ms', serif;">Naturalmente que situações como estas decorrem da falta de passeios e da monopolização da circulação automóvel em detrimento da circulação pedonal, contrariando as indicações da Agenda XXI, que visa uma relação saudável e sustentável entre a cidade e os cidadãos, para a qualidade de vida de todos.</span></div>Unknownnoreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-1582537244720726966.post-73167660102286948972010-03-16T18:11:00.001-01:002010-03-16T18:14:11.019-01:00Igreja do Carmo – que futuro?<div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;">A Igreja do Carmo da cidade de Horta, para além de ser um edifício bonito, luminoso, espaçoso e com boa acústica, encontra-se numa localização excelente, com uma vista deslumbrante sobre a cidade, o canal e as ilhas vizinhas, particularmente o majestoso Pico. Foi, inclusivamente, indicada n'“O mais notável de cada ilha”, para a Ilha do Faial (juntamente com a Igreja de São Francisco e o Colégio dos Jesuítas), por Francisco E. O. Martins na sua obra de 1980 Subsídios para o Inventário Artístico dos Açores. Apesar de todas estas qualidades, o edifício encontra-se há décadas fechado à comunidade. Por enquanto, a Igreja mantém-se dignamente de pé, contra a inclemência do clima açoriano, após algumas obras de consolidação da estrutura na década passada, contando agora apenas com a ajuda de um pequeno número de pessoas que a têm limpo e reparado na medida do possível e no âmbito do mais premente para a sua sobrevivência.<br />Será a sua falta (mais ou menos) sentida, por alguns, por muitos? Talvez a sua longa “hibernação” tenha facilitado o acostumar-se à sua ausência, particularmente para quem sempre a conheceu fechada. Porém, talvez essa ausência seja menos fácil de aceitar se ponderarmos o potencial deste edifício e o que podia oferecer à cidade e à ilha. Aqui, para além da Igreja em si, estou a pensar no conjunto edificado – igreja + convento –, criado como uma unidade cuja volumetria ainda existe e, logo, pode ser restabelecida.<br />Existe a ideia (a utopia?) de devolver este edifício à vida. No entanto, como é por demais evidente, não há obra de recuperação – por mais ambiciosa, bem concebida e generosamente orçamentada – que garanta a sobrevivência a longo prazo seja de que edifício for, sem uma reutilização lhe dê razão de ser. Não pretendo defender uma ideologia materialista, é de património cultural que falo, mas dificilmente uma comunidade consegue suportar os custos de manutenção de todo o património existente, como se vê pelo abandono deste imóvel – deste e de outros, infelizmente exemplos não faltam. Só uma ligação à comunidade justificará a existência do edifício e, logo, é a única garantia de manutenção do mesmo.<br />Então, há que pensar numa reutilização para a Igreja do Carmo, que lhe devolva a vida e o futuro. Logo, a pergunta é: que equipamento urbano falece à cidade da Horta? O que poderá ser instalado na Igreja do Carmo, que sirva a comunidade e permita a sobrevivência do edifício, simultaneamente respeitando a sua dignidade arquitectónica, urbanística e histórica?<br />Proponho duas ideias totalmente diferentes, esperando que sejam inspiradoras, quer em si mesmas, quer por sugerirem outras:<br />1. Instalação, na Igreja do Carmo, do Museu de Arte Sacra, inaugurado oficialmente em 1965 e que existe sem existir, com a colecção dispersa, parte dela exposta no Museu da Cidade. Seria uma reutilização lógica, que preenche todos os requisitos acima colocados: o edifício é suficientemente espaçoso para albergar o museu; a função adequa-se totalmente ao contexto religioso do imóvel; e é um uso não só público mas que contribui para a vida cultural da cidade. Podemos ainda imaginar a extensão das funções de museu, na sua natureza didáctica e de divulgação cultural, a uma relação com a Escola Profissional da Horta (ali tão perto), por exemplo, instalando no convento oficinas para leccionar disciplinas inseridas em cursos de formação, ligadas ao património sacro (mas não só), como o trabalho e a reparação de ferro forjado, cerâmica, madeira, vitral, cantaria, modelação, estofamento, policromia, douramento e trabalhos com folha de ouro, etc., etc...<br />2. Instalação, na Igreja do Carmo, de uma Pousada da Juventude, equipamento que não existe na cidade da Horta. Veja-se a Pousada da Juventude de São Roque do Pico, reutilização do Convento de São Pedro de Alcântara que veio devolver à vida um edifício que, mesmo no estado de abandono em que estava, tinha uma enorme força de atracção, pela dignidade arquitectónica e pela localização. Tal como em São Roque do Pico, o Convento do Carmo tem todas as possibilidades de ser transformado em Pousada da Juventude, ficando a Igreja como património cultural visitável, já não um templo fechado, mas inserido num conjunto habitado que contribuiria para a diversidade da vida da cidade.<br />A pergunta permanece: que futuro para a Igreja do Carmo na Horta?</span></div>Ma-naohttp://www.blogger.com/profile/07425455033504189813noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-1582537244720726966.post-58755795136416912622010-03-11T11:29:00.003-01:002010-03-11T12:02:08.879-01:00Podar ou Decepar<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcpCOKThP12zpY4NFALq8_5-5VqHinCT632VNzJtmfSWv6WzjTeQ1Ou-E6nTPxcdQsP8EzQI7wMPr7abcz1WAiLS64_Ia0KIbag8FCr6DQAenvg0htNVeCAhRu7qMTcLa2lNxCxzjsh44/s1600-h/poda01.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5447360353100964546" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 280px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcpCOKThP12zpY4NFALq8_5-5VqHinCT632VNzJtmfSWv6WzjTeQ1Ou-E6nTPxcdQsP8EzQI7wMPr7abcz1WAiLS64_Ia0KIbag8FCr6DQAenvg0htNVeCAhRu7qMTcLa2lNxCxzjsh44/s400/poda01.jpg" border="0" /></a><br /><p>No Faial as Podas que se vão Fazendo aos Plátanos são as esculturas mais tristes que já alguma vez vi</p><br /><p></p>Supostamente...<br /><p>Na jardinagem, poda é o ato de se retirar parte de plantas, arbustos, árvores, cortando-se ramos, rama ou braços inúteis, o que pode ser periódico e que pode favorecer o seu crescimento, forma-a, trata-a e renova-a. Pode ocorrer a poda natural, que é a queda ou morte natural de ramos, devido a umidade excessiva, falta de incidência de luz ou apodrecimento. Poda de forma é uma forma artificial de poda utilizada na jardinagem que retira folhas, ramos e galhos com o objetivo de modificar sua aparência estética.</p><br /><p></p>Tomáshttp://www.blogger.com/profile/09242677165902770230noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-1582537244720726966.post-31090437456263086582010-02-22T14:47:00.004-01:002010-02-23T09:51:49.379-01:00aprender com os erros dos outros<div style="TEXT-ALIGN: justify"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'trebuchet ms', serif;">Todos nós acordámos no sábado passado com as notícias de um temporal na ilha da Madeira que havia provocado graves danos materiais e que, infelizmente, havia igualmente implicado a perda de vidas humanas. Infelizmente, fenómenos climatéricos adversos e extremos como o que provocou esta tragédia são cada vez menos raros. E se as causas são naturais, as consequências não são tão naturais. Vários peritos chegaram à conclusão que, tal como tem vindo a ser advertido por várias pessoas e entidades, que os erros urbanísticos na cidade do Funchal aumentaram consideravelmente as consequências da pluviosidade extrema que se fez sentir naquele arquipélago. A impermeabilização de solos, a construção de estradas e habitações em leito de cheias, o encanamento de linhas de água, contribuíram para o estrangulamento das linhas naturais de escoamento de águas pluviais que, em situações extremas, não têm dimensão suficiente para um correcto escoamento, transbordando e, naturalmente, ficando sem controlo. O vídeo apresentado ao lado é apenas um dos exemplos em que podemos ver que no lugar de uma linha de água franca existe um vale densamente urbanizado com uma ribeira encanada ao centro.</span></div><div style="TEXT-ALIGN: justify"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'trebuchet ms', serif;">Todos sabemos que a cidade da Horta não é, de todo, tão urbanizada ou íngreme como a cidade do Funchal, mas tem características bastante semelhantes, nomeadamente o facto de se concentrar na base de um anfiteatro natural, sendo as suas encostas canais naturais para escoamento de águas. Enquanto os solos conseguirem absorver as águas plúviais podemos estar tranquilos, mas caso estes não tenham capacidade de absorção suficiente para reter essas mesmas águas, o resultado é óbvio.</span></div><div style="TEXT-ALIGN: justify"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'trebuchet ms', serif;">Sempre que chove com um pouco mais de intensidade podemos verificar que ao longo da Rua Cônsul D'abney, Rua Dr Mello e Simas e outras, vão surgindo pequenas pedras, lixo, e outras escórias. Por vezes existem mesmo pequenas inundações em locais como o cruzamento entre o Largo do Bispo e o Largo da República, o cruzamento junto à "Foto Jovial", na base da Avenida Principe Alberto do Mónaco, na Rua do Castelo (ex Rua do Pasteleiro), etc.</span></div><div style="TEXT-ALIGN: justify"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'trebuchet ms', serif;">É imperativo que o Monte Carneiro e a Espalamaca não sejam impermeabilizados, seja por construções e alcatrão, seja pela transformação dos solos em pasto, uma vez que, devido a esse tipo de vegetação, o ponto de saturação dos solos é atingido mais rapidamente.</span></div><div style="TEXT-ALIGN: justify"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'trebuchet ms', serif;">O único lado positivo que uma tragédia como a da Madeira poderá ter, é de se aprender, ainda que de forma brutal, uma valiosa lição.</span></div><div style="TEXT-ALIGN: justify"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'trebuchet ms', serif;">Que essa lição sirva para todos, para que os erros não se repitam.</span></div>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1582537244720726966.post-24964757305373523722010-02-18T01:17:00.005-01:002010-02-18T01:52:26.083-01:00o projecto do novo molhe<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1Nd0gv919zUKehjPVVsgwj-psSFsypZosSNKbHE6VMMmGwk1h45CEqqE2iDTll147u8mHuIULZWOrqo-VzvmHgoygU5iEte_koUznmvPXg8YugjnF6WCBDhQWuJySSGWzCuht-0eLE_c/s1600-h/nova+horta.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 320px; FLOAT: left; HEIGHT: 168px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5439406104953629090" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1Nd0gv919zUKehjPVVsgwj-psSFsypZosSNKbHE6VMMmGwk1h45CEqqE2iDTll147u8mHuIULZWOrqo-VzvmHgoygU5iEte_koUznmvPXg8YugjnF6WCBDhQWuJySSGWzCuht-0eLE_c/s320/nova+horta.jpg" /></a><br />vejo alguns defeitos<br />mas leio muitas qualidades<br /><br /><a href="http://www.azores.gov.pt/NR/rdonlyres/E26ABDBC-173D-44D5-A93F-503E52AFCBC4/0/RNTPortodahorta.pdf">www.azores.gov.pt/NR/rdonlyres/E26ABDBC-173D-44D5-A93F-503E52AFCBC4/0/RNTPortodahorta.pdf</a><br /><br />publico aqui no HORTA XXI uma imagem e um link com uma descrição pormenorizada das intervenções na bacia do porto da HORTA (a norte e a sul)<br /><br />para que todos possam ter uma opinião bem fundamentadaTomáshttp://www.blogger.com/profile/09242677165902770230noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1582537244720726966.post-89158267154948419512010-02-09T20:36:00.003-01:002010-02-10T00:28:34.433-01:00Pobre Reabilitação da Casa Manuel de Arriaga<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWMZOKFUWkeuN_Q7wxbtFZZt-dDrJauX5UcvjesPyPKuI_20K0ZmlaT3_jWjJ6rTRakMXak1m4iUBB8NSTTr2wUul8rEDoS-BAo8FsHaDOK7s3y1BLBDFDQ2amKg39fO6_q_mQtyusR_Y/s1600-h/casa+manuel+de+arriaga.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5436361639477893090" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 155px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWMZOKFUWkeuN_Q7wxbtFZZt-dDrJauX5UcvjesPyPKuI_20K0ZmlaT3_jWjJ6rTRakMXak1m4iUBB8NSTTr2wUul8rEDoS-BAo8FsHaDOK7s3y1BLBDFDQ2amKg39fO6_q_mQtyusR_Y/s320/casa+manuel+de+arriaga.jpg" border="0" /></a>Em ano de centenário da República, a cidade da Horta conheceu o projecto para reabilitação da Casa de Manuel de Arriaga.<br /><p>Esta casa já teve muitas intervenções e hoje em dia está em ruina, no entanto para assinalar uma data histórica e usando as verbas exorbitantes de que já todos ouvimos falar seria de esperar uma intervenção com mais imaginação, ou pelo menos com o mínimo de imaginação, algo para a posteridade. No fundo seria apenas construir património no exacto local onde este foi destruido.</p><p>Seria de esperar uma devolução desta casa à cidade, intervindo com o espaço público, retirando este local das traseiras da nossa cidade. Seria também de esperar que a casa recuperasse a escala e o traçado que outrora teve, ou pelo menos a introdução de algo novo que viesse explicar a não reconstrução do traçado original ou de uma interpretação do mesmo...</p>Nada disso vai ser feito, talvez por pressa em "ter" rápidamente uma inauguração ou talvez por simples falta de imaginação. A casa será recuperada mas não a dignidade que esta merece.Tomáshttp://www.blogger.com/profile/09242677165902770230noreply@blogger.com12tag:blogger.com,1999:blog-1582537244720726966.post-82013849465592286612010-02-02T16:26:00.004-01:002010-02-02T17:00:09.433-01:00e que tal uma rua comercial coberta?<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6fxvK62DtisNg8PGBbyxPPCGznWF_v6rxj20qo0M-jTz0pIB7ZwRrj0PMJ4V3jVMPNKJpLqiNtFVaEgppzSpORzvIicRKFT8cE-7zZplPNW49KQ_6ZbXHOVvvbLHuRW93SQ7MkoQVjKA/s1600-h/P7200057.JPG"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 240px; FLOAT: left; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5433699232066926578" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6fxvK62DtisNg8PGBbyxPPCGznWF_v6rxj20qo0M-jTz0pIB7ZwRrj0PMJ4V3jVMPNKJpLqiNtFVaEgppzSpORzvIicRKFT8cE-7zZplPNW49KQ_6ZbXHOVvvbLHuRW93SQ7MkoQVjKA/s320/P7200057.JPG" /></a><br /><br /><div align="justify">Atenção, isto é apenas uma utopia, mas as utopias também devem ser levadas a sério. Pois é isso mesmo que proponho, que as ruas Serpa Pinto, Walter Bensaude e Conselheiro Medeiros sejam cobertas com uma estrutura em aço e vidro como as que têm sido utilizadas em Viena (na imagem), Milão (no vídeo), Paris, etc.</div><div align="justify">Já sei que as condições climatéricas da Horta não são as mesmas das cidades mencionadas, chove mais, faz mais vento, etc. etc. No entanto aqui não neva nem existem amplitudes térmica elevadas, situações que também provocam problemas estruturais.</div><div align="justify">Também sei que é uma solução cara e que existem outras prioridades, tais como o saneamento básico, reabilitação urban, etc.</div><div align="justify">No entanto não custa nada sonhar, como dizia Pessoa, tudo vale a pena...</div>Unknownnoreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-1582537244720726966.post-56696478335162519032010-01-07T11:15:00.003-01:002010-01-07T11:36:02.569-01:00Horta sustentável?<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwEMWPU_U7VEvYuTXWs_CGCCp1RknBKzu082sEx5A-nQ-ewBeb5tHak_mF2mROP500g7pbqtm6itRTcgz9-OgkeJbbL1ejFs__hU-iRYHzPlhO4coFdfyT86lzcJ_5_i-rm8_dbBjLbB8/s1600-h/imgVC41.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 320px; FLOAT: left; HEIGHT: 214px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5423970734798164034" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwEMWPU_U7VEvYuTXWs_CGCCp1RknBKzu082sEx5A-nQ-ewBeb5tHak_mF2mROP500g7pbqtm6itRTcgz9-OgkeJbbL1ejFs__hU-iRYHzPlhO4coFdfyT86lzcJ_5_i-rm8_dbBjLbB8/s320/imgVC41.jpg" /></a> Recentemente tenho vindo a receber diversas informações sobre Viana do Castelo como um dos exemplos de cidade que tem apostado no desenvolvimento sustentável e como uma cidade que, de facto, aumentou de forma extraordinária a qualidade de vida dos seus habitantes através da devolução dos seus diversos espaços públicos para a população em geral. Não há muitos anos Viana do Castelo estava na lista negra do mau ordenamento do território (inclusivamente fez parte dos diversos programa Pólis que visaram a resolução de problemas de falta de qualidade dos espaços públicos de diversas cidades portuguesas). Hoje Viana do Castelo é descrita como uma cidade saudável e apontada por revistas de design estrangeiras (Wallpaper) como uma meca da arquitectura.</div><div align="justify">Como é que tal foi possível? Por várias razões, mas a principal deve-se à implementação da Agenda XXI Local.</div><div align="justify">Através deste istrumento traçam-se várias metas e metodologias que permitirão tornar as cidades mais sustentáveis, fomentando a participação da população local, situação essencial para um verdadeiro desenvolvimento sustentável. As principais medidas adoptadas em Viana do Castelo estão resumidas no video apresentado do lado esquerdo do ecrã e mostra como não é muito difícil criar uma cidade sustentável.</div><div align="justify">Naturalmente que não se pretende, aqui, criar uma situação de Horta versus Viana do Castelo, mas somente mostrar um dos caminhos possíveis para colocar a cidade da Horta no top das cidades eurpeias em termos de qualidade de vida e de sustentabilidade. Viana do Castelo há poucos anos tinha problemas mais graves que a Horta e a Horta tem, na minha opinião, um potencial maior que Viana do Castelo. Para tal não é preciso muito, apenas vontade, boas políticas de ordenamento do território e aprender com os bons exemplos.</div>Unknownnoreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-1582537244720726966.post-68565815462586582842009-12-10T18:50:00.006-01:002009-12-10T19:12:13.036-01:00Os Carros Não Andam Às Compras<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxEavByimJQTnFJZ6fQeOxd4-cWO8PTAjtE-XuS4700br8DD0RO8n-yD_MZuqvuqMaDyvUxtdmPZC8v8n1mP-0ST9acku9GngrEpFuduEymz-v3a0L4f6qiHCgmXnHRcijQZngqU0R3Zw/s1600-h/horta+montagem.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5413698976238604354" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 231px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxEavByimJQTnFJZ6fQeOxd4-cWO8PTAjtE-XuS4700br8DD0RO8n-yD_MZuqvuqMaDyvUxtdmPZC8v8n1mP-0ST9acku9GngrEpFuduEymz-v3a0L4f6qiHCgmXnHRcijQZngqU0R3Zw/s400/horta+montagem.jpg" border="0" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />As cidades que hoje em dia estão mais em voga, aquelas que são mais atraentes e que captam mais atenções conseguindo por isso mais dinâmica cultural e turística são as cidades sem património natural, como Berlim, Madrid ou Braga.<br /><br />Estas cidades tiveram de apostar na arquitectura de qualidade e nos espaços urbanos qualificados para conseguirem atrair pessoas (habitantes e turistas). Tiveram que construir património, criaram focos de interesse que oferecem qualidade de vida a todos os que não quiserem ficar fechados em casa.<br /><br />A Horta é uma cidade cheia de património natural e, por isso mesmo, nunca precisou de fazer muito para que os turistas abundassem e os habitantes se sentissem acolhidos. A natureza dá-nos muito, dá-nos quase tudo... mas se lhe pomos cimento em cima tem de ser com cuidadinho.<br />Não me parece que o objectivo da Horta seja atrair o turismo de massas, mas se quisesse, facilmente se poderia tornar na capital da qualidade de vida. Em relação ao turismo, deverá apostar mais na qualidade do que na quantidade, e daí o "cuidadinho": é que não é precisa muita construção, basta refrescar a cara. As fachadas cheias de cores que por aqui abundavam nos anos 80 eram deliciosas e desapareceram por simples esquecimento, tal como o acesso pedonal ao monte queimado, que poderia ser o ponte de exclamação colocado estrategicamente no final do passeio maritimo pela avenida marginal.<br /><br /><br /><br />Tantas coisas que podem ser sonhadas... tantas que duvido que se faça alguma. O melhor será destacar uma. Uma simples ideia que pode dinamizar toda uma cidade e que pode ser concretizada a custo zero. Basta que a Rua Conselheiro Medeiros passe a rua pedonal, basta isso porque é nesse ponto que a cidade pode dar o salto, centralizando o eixo Igreja de São Francisco/Banco de Portugal.<br /><br /><br />É que aquele jardim... aquele jardim já não se usa! Há 30 anos, talvez... com as árvores que o ladeavam. Mas hoje em dia não. Os arbustos, o gradeamento, o portão, é um jardim romântico em miniatura que em nada favorece a nossa cidade.<br /><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdSnnD5BSgUt6QOJfFTPjSAXb4pGUvArZvke73Yu_3vo-CxmnQWYVyMLhZTXlN4H44pQby0W3y0SZC7qkYrzA87ebln87r7DVsoGjU3hQLhbCORgnzRU9npqI2dlKLZvKm7szxZuISQ5I/s1600-h/P2243824.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5413699811770403762" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 231px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdSnnD5BSgUt6QOJfFTPjSAXb4pGUvArZvke73Yu_3vo-CxmnQWYVyMLhZTXlN4H44pQby0W3y0SZC7qkYrzA87ebln87r7DVsoGjU3hQLhbCORgnzRU9npqI2dlKLZvKm7szxZuISQ5I/s400/P2243824.JPG" border="0" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><span style="font-size:78%;">artigo publicado no Fazendo n.28</span><br /><a href="http://www.fazendofazendo.blogspot.com/"><span style="font-size:78%;">www.fazendofazendo.blogspot.com</span></a>Tomáshttp://www.blogger.com/profile/09242677165902770230noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-1582537244720726966.post-1855376044044185052009-11-24T11:10:00.010-01:002009-11-25T16:23:17.845-01:00Avenida MarginalReceber as ondas com pedras, carros e roulotes não é dar-lhes as boas vindas.<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgx8tXAwfyyF-dRAlbCjF8XFC6f9BCiHiR6nebSxINxRzV3QNfWJ6VYeiBYaXxhKFwYkbMcsfPuzVmKT8HUSQALcuRYGClprRIZrxeMnm0HXREUfWaYe5wbnCIYE2GTl_94xRzfmtWMZg0/s1600/150666084_69-8375.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 320px; height: 211px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgx8tXAwfyyF-dRAlbCjF8XFC6f9BCiHiR6nebSxINxRzV3QNfWJ6VYeiBYaXxhKFwYkbMcsfPuzVmKT8HUSQALcuRYGClprRIZrxeMnm0HXREUfWaYe5wbnCIYE2GTl_94xRzfmtWMZg0/s320/150666084_69-8375.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5407695557934499458" border="0" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />Nos anos 50 a ideia forte implementada na avenida foi a criação de uma circular automóvel, algo muito "moderno" para época mas que hoje em dia não faz sentido.<br />Temos de nos lembrar que nos anos 70 e 80 as principais praças de lisboa eram parques de estacionamento (<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhImOD-EEWCKBCmjjBY2g4Hy7-EJFwnlxXfr-VbTtx0qmU9hxKZiY9S_hrCdK15QkXz6AqoFtNvrQdY5HM97H_ryyEjt_IRoTzoL9pCb93WebIjjrGEzi2Yd5r5rIV1-FmCIYm0dF2xN2Qt/s1600-h/2005910102839_wLisboaRossio-1.jpg">Rossio</a>, Comércio)<br /><br />Temos de ter claro que Horta não é, nem quer ser, uma cidade na vanguarda do desenho urbano de espaços públicos. Por isso o que há a fazer é ver o que já se fez no mundo inteiro em casos como este e construir uma ideia forte, una, que faça sentido para a vida da cidade actualmente e que transforme a vida da cidade no futuro.<br />A ligação urbana entre os molhes será essencial e a cidade pode funcionar mais fechada sobre si mesma ou mais aberta ao pico e ao mundo.<br /><br /><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibsSlj6pxZqzmoEOegUNoMH135eVcMwPs7HnGBwwGJIIOBZ6L9a0dJ6iA8iDTC-VBVzOBgmGz-U7MRP1alZUy4pISfbHjQrJbFZ4aXpCoepM9wKTclVfM5B8IBjYXkwZza_XoMfbvL4Ug/s1600/porto2.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 200px; height: 112px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibsSlj6pxZqzmoEOegUNoMH135eVcMwPs7HnGBwwGJIIOBZ6L9a0dJ6iA8iDTC-VBVzOBgmGz-U7MRP1alZUy4pISfbHjQrJbFZ4aXpCoepM9wKTclVfM5B8IBjYXkwZza_XoMfbvL4Ug/s200/porto2.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5408092191577762370" border="0" /></a><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzXBZ0gZcuzok28d3NghTsVe-hHgoonXZYWR-pI3HEdGsQeYhLM05AXcITPoAEtEvtSMeFAX3oPoQ6H7GqWrc7mL4UkeuGt7ooRybm9PRNNTlcby0l57s_h20pMh2cO0-RhTmC_JV4psU/s1600/porto.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 200px; height: 113px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzXBZ0gZcuzok28d3NghTsVe-hHgoonXZYWR-pI3HEdGsQeYhLM05AXcITPoAEtEvtSMeFAX3oPoQ6H7GqWrc7mL4UkeuGt7ooRybm9PRNNTlcby0l57s_h20pMh2cO0-RhTmC_JV4psU/s200/porto.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5408092184523014082" border="0" /></a><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghUuvDKfnMCX68zodl0O76zfk1KEJqTDvz3rr_nePspw204PpdPcLd9Qiz8aeCpG6QiRhAoF8gZImDIeMP9UdAMKnnAK6Q0Xqx-ZNwM3ebX3dvi3O_cNZNGsaVvujzCOTpHbDD4sCnR6M/s1600/porto3.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 200px; height: 112px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghUuvDKfnMCX68zodl0O76zfk1KEJqTDvz3rr_nePspw204PpdPcLd9Qiz8aeCpG6QiRhAoF8gZImDIeMP9UdAMKnnAK6Q0Xqx-ZNwM3ebX3dvi3O_cNZNGsaVvujzCOTpHbDD4sCnR6M/s200/porto3.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5408092669850979202" border="0" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />as marginais do douro<br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiKPNdl5SPGzMcf8VMkkQVPVDSeqI6_RuPiUMb9ZIFz-KQc56zTyEzXIZKMEcdDmjFGes5YvcbVUppyRcE7yANVAdx3S4V8KWkjFPCeERuIxef8jeti0gR0T-KG4TaSXi_43ABBQ_NtAU/s1600/San_Sebastian_Spain.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 215px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiKPNdl5SPGzMcf8VMkkQVPVDSeqI6_RuPiUMb9ZIFz-KQc56zTyEzXIZKMEcdDmjFGes5YvcbVUppyRcE7yANVAdx3S4V8KWkjFPCeERuIxef8jeti0gR0T-KG4TaSXi_43ABBQ_NtAU/s320/San_Sebastian_Spain.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5407696771818613730" border="0" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />marginal de san sebastian<br /><br /><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh80t9kLG-MUC4EKkekxAZyr-pvCE1OQeGMzEaW3OHU5tlYPy8akIHvW_l-GTAnqkmlF_QkYwhl330AKAuVZ5YxDxrEbCBsXN-aueFxGgsyF7doSXCmaY9cyNk4R4E8firbi6-CKpKTgMM/s1600/marginal+de+luanda.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 320px; height: 301px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh80t9kLG-MUC4EKkekxAZyr-pvCE1OQeGMzEaW3OHU5tlYPy8akIHvW_l-GTAnqkmlF_QkYwhl330AKAuVZ5YxDxrEbCBsXN-aueFxGgsyF7doSXCmaY9cyNk4R4E8firbi6-CKpKTgMM/s320/marginal+de+luanda.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5407697053451213314" border="0" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />marginal de luandaTomáshttp://www.blogger.com/profile/09242677165902770230noreply@blogger.com27tag:blogger.com,1999:blog-1582537244720726966.post-5255392150105737222009-11-15T21:00:00.000-01:002009-11-15T21:34:01.641-01:00CRIAÇÃO DE LARGOS E JARDINS NAS FREGUESIAS RURAIS DO FAIAL<div style="text-align: justify;">Muitas vezes no Continente um dos espaços importantes na estruturação dos povoamentos rurais é o "largo", frequentemente localizado junto da igreja.<br /></div><div style="text-align: justify;">Desde o início o largo foi uma estrutura viva, onde as pessoas se encontravam, conviviam, muitas festas das aldeias se realizavam e eventos importantes aconteciam, por isso, alguns possuem o pelourinho que marca o poder da justiça no coração da comunidade.<br /></div><br /><div style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7OBI9p-JSIa66IhkZLS6Vm_Df8z3qqOFbZLRfVohEkU8pCAsIH3Ay52fT3pKIPM3LJtPoPZnaZFi_vrGKrFEphZZJWobnQWDOdNPsHbc1v-u3HJmJC4bS_FAkdWr0VSmh75kk9hXYz74/s1600-h/hrt21_003.JPG"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 300px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7OBI9p-JSIa66IhkZLS6Vm_Df8z3qqOFbZLRfVohEkU8pCAsIH3Ay52fT3pKIPM3LJtPoPZnaZFi_vrGKrFEphZZJWobnQWDOdNPsHbc1v-u3HJmJC4bS_FAkdWr0VSmh75kk9hXYz74/s400/hrt21_003.JPG" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5404049223412025138" border="0" /></a>Nos Açores, sobretudo no Faial, talvez porque a urbanização se estrutura mais ao longo do anel da estrada regional em torno da ilha do que a partir do um núcleo das freguesias, apesar de existir o tradicional adro da igreja, raramente há um espaço com dimensões, vida e a dignidade dos largos.</div><div style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4a9GvxHoJQgkqnjqB0-mhVADeyWuTWxDDcDE2HhauqpTrU6dF5lxgN78ZqMyd4QFoiP95ghIeRpm__Xh4veZhGVXJRN6FF-s_4zG8EELMLUl7mhlYA3WJY7nGE2wK74IsG2Xn3IFdYMU/s1600-h/hrt21_004.JPG"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 300px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4a9GvxHoJQgkqnjqB0-mhVADeyWuTWxDDcDE2HhauqpTrU6dF5lxgN78ZqMyd4QFoiP95ghIeRpm__Xh4veZhGVXJRN6FF-s_4zG8EELMLUl7mhlYA3WJY7nGE2wK74IsG2Xn3IFdYMU/s400/hrt21_004.JPG" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5404048526259595058" border="0" /></a>Todavia no Faial, principalmente após o sismo de 1998, algumas freguesias passaram a ter espaços propriedade do Governo Regional que não só serviram para acolher sinistrados nos aldeamentos provisórios até à conclusão de reconstrução, como ainda possuem dimensões e condições para em caso de catástrofe serem ponto de reunião das populações e que entretanto se encontram desaproveitados.<br /></div><div style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSHJrqmNWXXvA1RVLKMOXUXPhISDbkMQcK6rarm40L-lM73rae5TbYyQCM03_LHi72AJR0lCemZpKfol-YTi-qpHzWhDjeZ7VxTwz4B0SVqpHbqrOK4Sm4l7ibE2ovsacX8c8GdC9zpI0/s1600-h/veraofai_019.JPG"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 300px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSHJrqmNWXXvA1RVLKMOXUXPhISDbkMQcK6rarm40L-lM73rae5TbYyQCM03_LHi72AJR0lCemZpKfol-YTi-qpHzWhDjeZ7VxTwz4B0SVqpHbqrOK4Sm4l7ibE2ovsacX8c8GdC9zpI0/s400/veraofai_019.JPG" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5404048186305068642" border="0" /></a>Assim, em pleno século XXI, com estilos de vida diferentes do passado e onde se pensa a malha urbana com um núcleo consolidado, seria conveniente dar vida a esses espaços, criar condições para acolhimento de festas, instalação de parques infantis e colocação de mobiliário exterior de modo a terem um uso em parte semelhante ao dos largos.<br />Tal permitiria não só desviar da via pública vários eventos festivos com perturbação desnecessária de trânsito, criaria um espaço de convívio e atraente para as comunidades rurais e ainda mantê-los-ia em condições de arranjo dignas e disponíveis para acolhimento das populações pela protecção civil em caso de catástrofes futuras, podendo mesmo ser integrados nos planos de emergência.<br /></div>Com este post pretende-se ainda que o Horta XXI pense o concelho para além da sua sede.Carlos Fariahttp://www.blogger.com/profile/06654329093407418452noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-1582537244720726966.post-24940042249170027422009-11-10T10:17:00.002-01:002009-11-10T10:52:31.462-01:00365 dias de cidadania<div align="justify">Faz hoje precisamente 1 ano que foi criado este blog, com um <a href="http://hrt21.blogspot.com/2008/11/muralha-de-porto-pim-para-iniciar-este.html">post sobre o estado de abandono da muralha de Porto Pim e a rua onde a mesma se encontra</a>. Mal sabia que o resultado seria a intervenção que todos conhecemos e da qual não vale a pena falar mais.</div><div align="justify">Geralmente é nestas ocasiões que se apresentam alguns dados a fim de fazer um balanço das actividades. Ora o HORTA XXI não gostaria de ser excepção e aproveitamos a deixa para fazer um pequeno ponto de situação.</div><div align="justify">No período de 1 ano foram apresentadas diversas propostas concretas para a resolução de problemas, tais como o reordenamento do trânsito da cidade da Horta e a requalificação da Travessa do Porto Pim. Foi igualmente dado um passo importante na participação pública, através da iniciativa de uma petição solicitando um repensar nas formas de circulação da cidade, que reuniu 100 subscritores. Foram discutidas várias questões ligadas ao urbanismo e património, tais como aproveitamento de espaços públicos inutilizados, cores dos edifícios da cidade da Horta, etc, tendo surgido algumas ideias bastante interessantes para tornar esta cidade ainda mais apetecível. O HORTA XXI foi igualmente co-responsável pela organização das Jornadas Europeias do Património, cujas iniciativas permitiram dar a conhecer o valor patrimonial da baía de Porto Pim, bem como momentos inesquecíveis durante uma noite de luar no Forte de São Sebastião. Finalmente forma criadas condições para a formação de uma associação de salvaguarda do património faialense.</div><div align="justify">Com um balanço destes, existem razões para estarmos satisfeitos com a existência deste blog e sentirmos vontade de continuar a melhorar.</div><div align="justify">Infelizmente, como deverão ter reparado, a participação neste espaço de discussão pública tem sido incrivelmente reduzida. Ultimamente tenho sido o único dinamizador deste blog, lançando temas para discussão. Deverão igualmente ter reparado que os comentários têm sido escassos ou mesmo nulos.</div><div align="justify">Apesar deste blog ter sido criado por 1 elemento, foram convidados diversos cidadãos para contribuirem para este blog. O propósito era criar um espaço de discussão, com diversos pontos de vista, gerando debate e troca de ideias. Quando um blog tem apenas um dinamizador torna-se um blog de autor. O HORTA XXI não é, nem pretende ser, um blog de autor.</div><div align="justify">Quando um blog de discussão pública não gera discussão, deixa de ser um espaço de debate e passa a ser um espaço de deambulações do(s) seu(s) autor(es). Ao colocar posts que não são alvo de comentários, podemos assumir que os mesmos são verdade irrefutáveis e, como tal, não discutíveis, ou então que os mesmos merecem a mesma atenção que os brados de um pobre louco que grita contra o mundo, que todos, com uma ponta de comiseração, fazemos o possível por ignorar.</div><div align="justify">Quem me conhece sabe que, apesar da convicção com que defendo os meus pontos de vista, não acho que os mesmos sejam inquestionáveis e muito menos indiscutíveis, pelo que actualmente que a minha participação exclusiva neste blog me deixa muito próximo da situação da célebre personagem do vídeo ao lado.</div><div align="justify">Como deverão ter percebido, este longo post tem como objectivo apelar a uma maior participação de todos os que acompanham este espaço, e em particular aos restantes contribuidores, de forma a que o mesmo se torne novamente um espaço de discussão pública.</div><div align="justify">Caso se verifique que o blog deixou de fazer sentido, naturalmente que o mesmo terminará. Se fôr esse o caso gostaria de, antecipadamente, agradecer a todos os participantes e contribuidores que ao longo de quase 1 ano participaram neste espaço que, como é óbvio, teve consequências tão positivas.</div><div align="justify">Para terminar, gostaria apenas de relembrar que só é possível ter uma sociedade mais justa e saudável se existir um verdadeiro sentido de cidadania, o qual implica o envolvimento da sociedade civil, que somos todos nós.</div><div align="justify">Até breve...</div>Unknownnoreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-1582537244720726966.post-78239285189120691632009-10-28T10:48:00.006-01:002009-10-30T15:16:53.530-01:00reabilitação de edificações existentes<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTooCmMIVQyY9vgCXl8bPZcYZZ3riXVmeffLj5AQQNwJQv_Gipspkbhg-QGWRXjGIDZmmd032QxL1UsSupcA2J5GKhVV0WwjnE7K9NEVWb7uOx2a1HUIn15qKQQn8b5dN4MkVPrdCLtlo/s1600-h/casa.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 320px; FLOAT: left; HEIGHT: 201px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5397617240857605330" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTooCmMIVQyY9vgCXl8bPZcYZZ3riXVmeffLj5AQQNwJQv_Gipspkbhg-QGWRXjGIDZmmd032QxL1UsSupcA2J5GKhVV0WwjnE7K9NEVWb7uOx2a1HUIn15qKQQn8b5dN4MkVPrdCLtlo/s320/casa.jpg" /></a> Foi recentemente <a href="http://dre.pt/pdf1sdip/2009/10/20600/0795607975.pdf">criada pelo Governo (da República) uma lei para a área da habitação</a> que visa promover a reabilitação urbana em detrimento das construções novas, à qual foi dado o óbvio nome de Regime Jurídico de Reabilitação Urbana.</div><div align="justify">O próprio Plano de Urbanização da Horta, que tarda em entrar em vigor, estimula a reabilitação em vez de construções novas. Espero que os arquitectos que futuramente irão actuar nas intervenções dentro da área abrangida pelo Plano de Urbanização sejam sensíveis a esta forma de intervenção e não caiam na tentação do facilitismo da erradicação dos edifícios existentes de forma a poder fazer um projecto de raíz sem constrangimentos.</div><div align="justify"></div><div align="justify">Mas, e os restantes agentes estarão preparados para esta realidade?</div><div align="justify"></div><div align="justify">Vejamos:</div><div align="justify"></div><div align="justify">Dono de Obra: muitas vezes os edifícios existentes são anteriores à entrada em vigor do Regulamento Geral das Edificações Urbanas (RGEU), ou seja 1951, e como tal os compartimentos, organização e condições existentes nem sempre são adaptáveis às exigências contemporâneas, tais como quartos com áreas superiores a 15m2, salas com mais de 30m2, grandes vãos, etc. Naturalmente quando, por mais voltas que se dê, não é possível "meter o Rossio na Betesga", devido à existência de constrangimentos de ordem estrutural ou arquitectónica, a vontade é deitar abaixo e fazer de novo de forma a eliminar esses constrangimentos. Tal no entanto significa um ganho pessoal mas uma perda social e cultural porque se está a destruir história e, por vezes, arte.</div><div align="justify"></div><div align="justify">Projectistas de estabilidade: Imaginemos que existe vontade por parte dos projectistas de arquitectura e dos donos de obra em preservar o existente prevendo-se como tal a sua reabilitação. Por vezes esta vontade esbarra contra a desconfiança do projectista de estabilidade, muitas vezes porque é mais simples calcular uma estrutura nova do que tentar conciliar uma estrutura nova com as condições estruturais existentes. Geralmente esses projectistas alegam falta de condições estruturais do existente para justificar a sua demolição. Infelizmente nem sempre é verdade que não existam condições de segurança das construções existentes. O que existe é alguma falta de ética por parte desses projectistas, que felizmente creio que são poucos.</div><div align="justify"></div><div align="justify">Empreiteiros: Por vezes chega-se à fase de obra com todos os intervenientes a actuar no sentido de reabilitar e eis que entra o Empreiteiro. Devido ao "boom" da construção nova são muito poucos os empreiteiros que estão preparados para uma intervenção de reabilitação preferindo, como tal, uma intervenção do tipo construção nova. Por vezes tentam convencer o dono de obra a demolir o existente e fazer tudo de novo, geralmente com o argumento da redução de custos, algo a que todos somos sensíveis.</div><div align="justify"></div><div align="justify">É por estas razões que muitas vezes são demolidas construções existentes e feitas novas construções, mesmo quando se mantém a imagem do existente. Enquanto projectista de arquitectura já me sucederam situações semelhantes, principalmente devido às questões relacionadas com projectistas de estabilidade e empreiteiros.</div><div align="justify"></div><div align="justify">Resumindo, reabilitar é difícil, constringe o projectista de arquitectura, constringe as exigências do dono de obra, obriga a um maior trabalho e rigor do projectista de estabilidade e um maior cuidado e profissionalismo por parte do Empreiteiro. No entanto existem muitas outras razões para ser preferível à solução de construção nova destacando as razões patrimoniais, culturais e ambientais. Pessoalmente, enquanto projectista, tenho muito mais interesse em trabalhos de reabilitação do que de construções novas mas tenho consciencia que é umas dôr de cabeça maior mas que, quando todos os intervenientes colaboram, é altamente compensador reabilitar uma construção existente.</div><div align="justify"></div><div align="justify">É extremamente importante que os diversos organismos que regulam o sector da construção, câmaras municipais, governo, ordens e associações profissionais, etc, exerçam acções de sensibilização dos agentes e população em geral para a importância da reabilitação e porque é que esta devia ser a prioridade na renovação do parque habitacional.</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1582537244720726966.post-62691268317357322272009-10-08T11:40:00.003+00:002009-10-08T12:59:15.124+00:00fazendo 1 ano<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPoMfUgg85-gjc7Hd94RJ33GgS8zLrgNmFMRAs9UzorWHutvLijAClfCTop1xU08Wkwits5P9xwmM92KT8xtN_YJxGGH2-2A1waz4HtI_xjHmTnGWpJ3N6o_UXiajwNv3dYQTRZDzHxnM/s1600-h/capa_16.png"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 249px; FLOAT: left; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5390193261201810082" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPoMfUgg85-gjc7Hd94RJ33GgS8zLrgNmFMRAs9UzorWHutvLijAClfCTop1xU08Wkwits5P9xwmM92KT8xtN_YJxGGH2-2A1waz4HtI_xjHmTnGWpJ3N6o_UXiajwNv3dYQTRZDzHxnM/s320/capa_16.png" /></a> O jornal "FAZENDO" vai FAZER 1 ano. Parabéns aos seus criadores, colaboradores, impulsionadores e outros ores que contribuam, ou tenham contribuido para a publicação desta «agenda cultural faialense».</div><div align="justify">Entre tantas coisas que poderia dizer sobre o "FAZENDO" aquela que mais me marca é a improbabilidade da sua existência. Vejamos:</div><div align="justify">Faial, uma ilha com cerca de 15.000 habitantes, 1 Concelho, 1 empresa municipal de "organização" de eventos culturais e gestão de espaços lúdicos, 3 ourivesarias, 0 (zero) livrarias, 0 (zero) lojas de discos, diversas associações culturais e artísticas com muita vontade e muito pouco dinheiro.</div><div align="justify">Faial, uma ilha onde tantas vozes se queixam "ter sido esquecida pelo governo", de "estar parada no tempo", de "não acontecer nada", etc, etc, etc.</div><div align="justify">Faial, uma ilha onde os interesses dos partidos se misturam com o interesse público, onde os interesses pessoais se misturam com os interesses dos partidos, e por aí fora.</div><div align="justify">Neste contexto, na realidade tão igual ao de tantas outras cidades portuguesas, as probabilidades de surgir um boletim cultural com crónicas, críticas e artigos de tão elevada qualidade são escassas. As probabilidades desse boletim ser totalmente livre e independente de instituições culturais, sejam elas públicas ou privadas, são ainda mais escassas. As probabilidades desse boletim ser criado e gerido por um grupo de pessoas com muita vontade e de forma totalmente gratuita e desinteressada, reduzem-se praticamente a zero.</div><div align="justify">E no entanto o "FAZENDO" existe. E ainda bem.</div><div align="justify">Ao fim de 23 edições e 1 ano de existência o "FAZENDO" é a prova de que a vontade de FAZER algo com qualidade é mais forte que as vozes dos velhos do restelo.</div><div align="justify">Mas por muita qualidade e empenho das pessoas que gerem este projecto, o mesmo só é possível graças à incrivel quantidade de gente com actividades artísticas e culturais presentes nesta ilha, que desmentem aqueles que dizem que não há cultura no Faial.</div><div align="justify">A cultura no Faial está bem de saúde, e se não acredita, basta dar uma olhada à última página do "FAZENDO". Mas tudo o que é bom pode ser melhorado e estou convicto que a tendência será precisamente essa.</div><div align="justify">Para quem teve a paciência de ler este post até aqui, deverá ter reparado que este último parágrafo anula o segundo argumento para a improbabilidade da existência do "FAZENDO", mas mesmo existindo probabilidades ligeiramente maiores, as mesmas continuam a ser reduzidas.</div><div align="justify">Espero apenas que os "FAZEDORES" continuem a FAZER um bom trabalho e que continuem a existir razões para a existência do "FAZENDO".</div><div align="justify">Nota: A imagem deste post foi sacada do blog do "FAZENDO" e fez a capa da edição 16. Ao Pedro e ao Jácome os meus agradecimentos.</div>Unknownnoreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-1582537244720726966.post-88812439288629331042009-10-01T14:15:00.005+00:002009-10-01T14:58:12.160+00:00Os Açores vistos pelo canal ARTE<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4EGhVgrwbZ1NJ8kr6EZ7awgl5K6lmUcx1YK2cnPu0w7GOCDY-GJbN5W75S03zwsT7-7afvS9PXeJiXhdZgW0GizNYoTMEKp9SCxtauytHvrO-PuvY3f12qvwJylN7ILYpkqd81jDm6gU/s1600-h/azores_arte.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 320px; FLOAT: left; HEIGHT: 213px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5387637902929186882" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4EGhVgrwbZ1NJ8kr6EZ7awgl5K6lmUcx1YK2cnPu0w7GOCDY-GJbN5W75S03zwsT7-7afvS9PXeJiXhdZgW0GizNYoTMEKp9SCxtauytHvrO-PuvY3f12qvwJylN7ILYpkqd81jDm6gU/s320/azores_arte.jpg" /></a> <span style="font-family:trebuchet ms;">Para quem tem acompanhado este blog concerteza já terá reparado que os últimos posts têm sido sobre temas bastante consensuais ou simplesmente informativos, em que o debate ou discussão dos temas habituais do blog têm estado um pouco adormecidos.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;">Como devem calcular o facto de estarmos há já algum tempo em época de eleições justifica esta posição por parte do blog, de forma a evitar que este mesmo espaço se torne num palco para as lutas partidárias.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;">Após as eleições autárquicas, independentemente do seu resultado, retomaremos as habituais discussões sobre urbanismo e património esperando que com as mesmas surjam novas iniciativas para valorizar esta bela cidade e ilha.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;">Após esta pequena introdução gostaria de apresentar-vos (para quem ainda não conhece) </span><span style="font-family:trebuchet ms;">um pequeno documentário realizado por Florian Gluthknecht e produzido pelo canal ARTE e que contou com o apoio do DOP.</span> <a href="http://www.acorestube.com/video/2590/Azores"><span style="font-family:trebuchet ms;">(ver aqui)</span></a></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;">Neste documentário podemos ver algumas caras conhecidas como é o caso da Mónica Silva, o Norberto e o Pedro Afonso (que é contribuidor deste blog), para além de imagens deslumbrantes do Faial e Pico.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;">Num dia como o de hoje sabe sempre bem ver imagens tão fantásticas destas ilhas e das criaturas que por cá passam e habitam.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;">Um pequeno aviso: o documentário tem pouco mais de 50mn pelo que recomendo que o vejam numa altura calma.</span></div>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1582537244720726966.post-26910482865299163072009-09-22T09:32:00.003+00:002009-09-22T10:06:59.043+00:00vi(r)ver porto pim<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi61urTJbA4YBD-5eSZbXiMxxzEoIRgxGcIIeuwxOn3rUkUv2YE28_jcb5yIdQVqdrUOuNC3XNs0VQKrASnWW4E48mncIe6zLCVghSeSmj5IUX4-8pemHN_KDh5v9Yp2647swwt6AzWDJU/s1600-h/IMG_0192.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 320px; FLOAT: left; HEIGHT: 240px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5384223634286799922" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi61urTJbA4YBD-5eSZbXiMxxzEoIRgxGcIIeuwxOn3rUkUv2YE28_jcb5yIdQVqdrUOuNC3XNs0VQKrASnWW4E48mncIe6zLCVghSeSmj5IUX4-8pemHN_KDh5v9Yp2647swwt6AzWDJU/s320/IMG_0192.jpg" /></a> Durante os próximos dias 25, 26 e 27 realizam-se em toda a Europa as Jornadas Europeias do Património, tendo como principal objectivo a sensibilização dos cidadãos para a importância da preservação do património.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Este ano o blog HORTA XXI junta-se à Câmara Municipal da Horta para organizar alguns eventos dentro do âmbito das referidas jornadas.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">O tema deste ano será, como indica o título deste post, "vi(r)ver porto pim" e terá, naturalmente esta magnífica baia, bem como todas as suas vertentes patrimoniais como protagonista principal.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">No dia 25 (sexta-feira), pelas 21h30, poderemos ir ouvir a violetista Danusha Waskiewics tocar alguns dos andamentos das sonatas para violoncelo de Bach, entre outras peças dentro das muralhas do Castelo de São Sebastião.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">No dia seguinte irá realizar-se um passeio em torno da baía de Porto Pim durante o qual serão abordadas, por alguns dos participantes, as várias vertentes patrimoniais de Porto Pim, desde o património construído, ao património natural.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">O percurso iniciar-se-à no Castelo de São Sebastião pelas 14h30, seguindo pela rua do Castelo (antiga rua do Pasteleiro), travessa do Porto Pim, rua da Areinha Velha, praia de Porto Pim, Fábrica da Baleia, subida ao Monte da Guia e terminando na baía Entre Morros.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Devido à pouco grau de dificuldade do percurso o mesmo poderá ser feito por crianças, pelo que os pais poderão participar trazendo consigo os mais pequenos e partilhar esta experiência que se pretende que seja pouco formal e muito enriquecedora.<br /></div>Unknownnoreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-1582537244720726966.post-59485213722636992752009-08-31T09:26:00.003+00:002009-08-31T10:09:37.819+00:00Turfeiras dos Açores<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVELS0ZNRaG-ghZg8RruxviDlqP5KQTIWTwbfDnVWHXgrZvxbvX1AKDyBnDAvEzu9drPc0gyHrhkeWrxpDwQamxb6GiVGTBQh4gozjQUjDA4U3d6KlQ7fTlupcaEEbb0XdeTua-rv8L2w/s1600-h/cons1.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 300px; FLOAT: left; HEIGHT: 221px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5376059178238990578" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVELS0ZNRaG-ghZg8RruxviDlqP5KQTIWTwbfDnVWHXgrZvxbvX1AKDyBnDAvEzu9drPc0gyHrhkeWrxpDwQamxb6GiVGTBQh4gozjQUjDA4U3d6KlQ7fTlupcaEEbb0XdeTua-rv8L2w/s320/cons1.jpg" /></a> Para quem ainda não conhece, gostaria de referir neste post um dos mais importantes patrimónios naturais dos Açores, infelizmente bastante desconhecido da maior parte de todos nós, as turfeiras.</div><div align="justify">As turfeiras, ou turfa, é um tipo de vegetação habitualmente encontrado nas partes altas (mais 500m altitude) que está perfeitamente adaptado à captação de grandes volumes de água, quer por precipitação directa quer por intercepção de nevoeiros, mais conhecida entre nós por vegetação húmida. As turfeiras conseguem, conforme o seu tipo de composição vegetal, reter entre 73% (turfa de graminóides) e 94% (turfa de Sphagnum) do seu peso em água, funcionando como uma enorme esponja que armazena a água regulando as escorrências de água após eventos de grande precipitação evitando não só as erosões dos solos, bem como que estas águas se percam de imediato. As turfeiras têm igualmente um papel bastante importante de purificação da água, uma vez que retêm na sua estrutura todas as substâncias que estão diluídas, incluindo substâncias tóxicas.</div><div align="justify">Por estas e por outras razões as turfeiras são essênciais para a manutenção não só da diversidade natural das ilhas, bem como para garantir níveis de fornecimento de água correctos. </div><div align="justify">Infelizmente, ao que tudo indica, cerca de 50% da área de turfeira dos açores já foi alvo de intervenção humana, em particular para criação de pastagens ou de floresta de produção.</div><div align="justify">É um facto de temos por garantido que as ilhas açorianas não têm problemas de falta de água, mas situações como as ocorridas na ilha Terceira mostram-nos que a redução de áreas ocupadas por turfeira terão consequências graves no ciclo hidrológico.</div><div align="justify">Poderão encontrar mais informação <a href="http://www.ambienteinsular.uac.pt/artigos1.htm">neste artigo </a>publicado por elementos do Gabinete de Ecologia Vegetal e Aplicada (GEVA) da Universidade dos Açores, e que serviu de suporte para este post.</div><div align="justify"></div>Unknownnoreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-1582537244720726966.post-88989785322643290312009-08-11T12:27:00.004+00:002009-08-11T12:45:13.042+00:00Indústria da baleação<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQQc-crw_pffgA5WeB2PyrZyMzzVkWrgVx2qSxx9AIsa9RSn4r8YgiG8btboLtcZ4L9j-xj4qWW6VmllZxtBh8eLbVg9jAcIPu-FjOU3f_13rDbk2o-6HEaOuF6r-5E0zs-sGjzNVfv7Y/s1600-h/1285097-2675-cp.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 212px; FLOAT: left; HEIGHT: 300px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5368682181636297426" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQQc-crw_pffgA5WeB2PyrZyMzzVkWrgVx2qSxx9AIsa9RSn4r8YgiG8btboLtcZ4L9j-xj4qWW6VmllZxtBh8eLbVg9jAcIPu-FjOU3f_13rDbk2o-6HEaOuF6r-5E0zs-sGjzNVfv7Y/s320/1285097-2675-cp.jpg" /></a> Existindo nos Açores, em particular no Faial e Pico, uma história de indústria ligada à caça à baleia, cujo património deve ser preservado, o que, na minha opinião, tem sido bem feito por parte do Governo Regional, não nos podemos esquecer que existem diversos países que continuam a exercer esta actividade de forma industrial.</div><div align="justify">Sendo defensor das actividades de baleação vocacionadas para a observação, desde que de forma controlada e de reduzido impacto (contrária ao turismo de massas), considero, no entanto, que parte das actividades humanas nos diversos oceanos são altamente predatórias e insustentáveis.</div><div align="justify">Neste sentido sugiro que dêem uma olhada neste <a href="http://www.youtube.com/watch?v=_61rIOoB21o&feature=fvw"><strong>VIDEOCLIP</strong></a> dos Modest Mouse que dá uma perspectiva interessante da caça à baleia.</div><div align="justify">Acrescente-se a curiosidade de o vídeoclip ter sido realizado por Heath Ledger (actor e realizador, falecido recentemente), que se dedicava também à animação.</div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify">AVISO: APESAR DO VIDEOCLIP SER EM ANIMAÇÃO ALGUMAS SEQUÊNCIAS SÃO BASTANTES FORTES E PODEM FERIR A SENSIBILIDADE DE ALGUMAS PESSOAS.</div>Unknownnoreply@blogger.com14