Tal como o imóvel desta imagem tirada junto ao Largo do Infante, existem na cidade da Horta dezenas de casas degradadas e a necessitar de recuperação. Muitos destes imóveis são edifícios de uma arquitectura notável, que corre o risco de desaparecer caso os mesmos acabem por ruir e sejam substituídos por novos edifícios de linguagem contemporânea. Pessoalmente não tenho nada contra a linguagem arquitectónica contemporânea, desde que bem feita, mas corre-se o risco de retirar à cidade a imagem arte nova que ganhou após a reconstrução do sismo de 1926.
O novo P.R.O.T.A. preconiza para a ilha do Faial um possível desenvolvimento urbano na direcção da freguesia dos Flamengos.
A questão que coloco é esta: será mesmo necessário ocupar terras incrivelmente férteis novas construções? Será que os fogos existentes na cidade não são suficientes para albergar a população que trabalha na mesma? Não faria mais sentido desenvolver políticas de fixação de pessoas na cidade reduzindo as necessidades de transporte diário entre habitação e trabalho? E já agora, será que não se podia tentar aproveitar esses terrenos entre as duas áreas urbanas para criar hortas urbanas comunitárias, para as pessoas que não têm um pedaço de terreno, por viverem em apartamentos, poderem produzir qualquer coisa aos fins-de-semana?
Isto é apenas uma pequena reflexão rápida, por isso agradecia a todos os visitantes deste blog que comentassem, critiquem, sugiram.
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
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