quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

POLÍTICA HABITACIONAL: Construção vs Reabilitação

Ninguém contesta que a Administração Nacional, Regional ou Local deve investir na habitação. Sobretudo para apoiar as classes mais desfavorecidas e através de várias modalidades de intervenção, nomeadamente: construção directa de nova habitação, protocolos com empresas para a construção de novos fogos a custos controlados, incentivos financeiros à auto-construção ou aquisição de casa própria.
Todavia, sabendo que o centro histórico de cidades como a Horta possuem numerosas casas devolutas, em degradação progressiva ou mesmo já em ruínas...
Mesmo sem excluir de todo o recurso na política habitacional à construção de novos fogos...
Não seria possível nesta política habitacional incluir também mecanismos de intervenção fortes que permitissem desencadear-se acções intensas de reabilitação de moradias no centro histórico da Horta, que simultaneamente conciliassem a resolução dos problema da falta de habitação, da degradação progressiva da baixa citadina, despovoamento destas zonas e inércia ou dificulades de recuperação desse património pelos seu proprietários?

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

sobre moinhos

No seguimento da sugestão do "grifo" venho lançar um debate sobre os moinhos do Faial. Como é do conhecimento geral, poucos são os moinhos faialenses que se encontram tão conservados como o ilustrado nesta fotografia (retirada do site da CMH da autoria de Néri Goulart). Este é um tema que gera alguma preocupação à Senhora Vereadora da Cultura da CMH, que por diversas vezes me abordou para tentarmos encontrar uma solução para os moínhos que ainda estão em estado de possível recuperação (apenas 3, de acordo com a referida senhora). Entre nós já se falou de diversas possibilidades, nomeadamente na criação de uma associação de protecção do património faialense, de forma a permitir concorrer aos fundos comunitários para recuperação dos referidos moinhos. Falou-se igualmente, e por sugestão da senhora vereadora, procurar um mecenas para patrocinar a referida recuperação, tendo sido sugerido o nome da EDA por analogia aos novos moínhos de vento, sendo que a função destes últimos não é propriamente a de moer.
Sendo da opinião que se deve recuperar o património degradado enquanto é possível fazê-lo sem que os custos sejam excessivos, sou igualmente da opinião que não basta recuperar o património. Entendo que nas discussões sobre recuperação de património é essêncial discutir o uso a atribuir ao mesmo. Só com uma utilização frequente dos edifícios é que é possível evitar a degradação dos mesmos, uma vez que os utilizadores vão dando conta dos defeitos e problemas que surjam com o passar do tempo e, preferencialmente, zelando pela sua correção, evitando que o edifício se degrade.
Gostaríamos de receber sugestões sobre quais as medidas que devem ser tomadas para recuperar os moinhos holandeses, possíveis utilizações, eventuais parceiros, etc.
Não posso deixar de terminar esta mensagem sem deixar o meu agradecimento ao Grifo pela sugestão deste tema, uma vez que é para isso mesmo que este blog existe. Um muito obrigado Grifo e a todos os participantes destes debates.