quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Horta sustentável?

Recentemente tenho vindo a receber diversas informações sobre Viana do Castelo como um dos exemplos de cidade que tem apostado no desenvolvimento sustentável e como uma cidade que, de facto, aumentou de forma extraordinária a qualidade de vida dos seus habitantes através da devolução dos seus diversos espaços públicos para a população em geral. Não há muitos anos Viana do Castelo estava na lista negra do mau ordenamento do território (inclusivamente fez parte dos diversos programa Pólis que visaram a resolução de problemas de falta de qualidade dos espaços públicos de diversas cidades portuguesas). Hoje Viana do Castelo é descrita como uma cidade saudável e apontada por revistas de design estrangeiras (Wallpaper) como uma meca da arquitectura.
Como é que tal foi possível? Por várias razões, mas a principal deve-se à implementação da Agenda XXI Local.
Através deste istrumento traçam-se várias metas e metodologias que permitirão tornar as cidades mais sustentáveis, fomentando a participação da população local, situação essencial para um verdadeiro desenvolvimento sustentável. As principais medidas adoptadas em Viana do Castelo estão resumidas no video apresentado do lado esquerdo do ecrã e mostra como não é muito difícil criar uma cidade sustentável.
Naturalmente que não se pretende, aqui, criar uma situação de Horta versus Viana do Castelo, mas somente mostrar um dos caminhos possíveis para colocar a cidade da Horta no top das cidades eurpeias em termos de qualidade de vida e de sustentabilidade. Viana do Castelo há poucos anos tinha problemas mais graves que a Horta e a Horta tem, na minha opinião, um potencial maior que Viana do Castelo. Para tal não é preciso muito, apenas vontade, boas políticas de ordenamento do território e aprender com os bons exemplos.

9 comentários:

Carlos Faria disse...

Li o post e vi o vídeo, conheço mal Viana do Castelo e menos ainda na sua versão actual. No filme, feito pelo município e como tal difícil de ajuizar sem ver, chamou-me à atenção o facto de na cidade histórica colocarem parques subterrâneos e carros eléctricos, portanto mais que imporem criarem mecanismos para as pessoas evitarem o carro sem o proibir.
No resto falam de vias que circundam o centro, a Horta impõe o centro a quem a atravessa, não há circular nem vias que tirem a circulação do centro.
A frente marítima de Viana foi uma aposta, tal como sempre defendi para a Horta.
Mas um sinal claro, Viana estabeleceu estas prioridades, a Horta ainda não e o seu povo será que as exigiu?

Carlos Faria disse...

...portanto mais que imporem, criaram mecanismos para as pessoas evitarem o carro, mas sem o proibir.

Tomás disse...

sem o proibir?

nas ruas centrais de viana do castelo não circulam carros

as praças têm esplanadas e não estacionamentos



belo exemplo este!!
a seguir e a perseguir
sem dúvida!!

Miguel Valente disse...

Naturalmente que temos que o vídeo será sempre tendencioso, uma vez que foi feito pela própria Câmara Municipal. No entanto as soluções mais importantes estão lá, nomeadamente a circular externa (que, ao que tudo indica, a Horta também vai ter), o trânsito autmóvel condicionado e transportes públicos amigos do ambiente. Se o Povo pediu estas soluções em Viana não sei, mas que aqui na Horta já foram solicitadas não há qualquer dúvida, através das petições, quer relativamente ao prolongamento da variante quer relativamente ao reordenamento do transito.

Tomás disse...

sabes qual é o traçado previsto dessa variante?

Miguel Valente disse...

Creio que vai passar por detrás do Monte Carneiro, contornando a cidade, mas não tenho a certeza.

RD disse...

pelas dutras para apanhar a 5 de outubro

RD disse...

vcs nao leram o já aprovado PU... srs arquitectos?!

Miguel Valente disse...

A última versão do PU ainda não li, só a versão que foi apresentada aos projectistas em 2006, mas cujo traçado estava já ultrapassado.