Devido à falta de parques de estacionamento para velocipedes, esta é uma situação muito comum para quem usa a bicicleta como meio de transporte. Com os velocípedes com motor a situação é francamente pior, uma vez que à falta de lugares adequados para estacionar os mesmos, muitas vezes o motociclista tem que estacionar num lugar adequado para veículos automóveis, o que provoca, invariavelmente, ressentimentos por parte dos condutores, chegando alguns a exteriorizar esse ressentimento de formas menos adequadas. Se as scooters e motos não são tão "amigas do ambiente" como uma bicicleta (0g/Km de emissões), são, de longe, menos prejudiciais que os veículos automóveis. Como tal deveria haver incentivos para a sua utilização, começando por criar espaços de estacionamento adequado. Em Sidney, onde os estacionamentos são pagos, uma scooter pode estacionar em qualquer lugar destinado a veículos automóveis, mas sem pagar.
Naturalmente que a utilização de scooters traz algumas desvantagens, principalmente por questões de ruído, uma vez que existem diversos condutores que resolvem modificar as suas scooters para ficarem mais potentes sendo o silenciador a principal vítima dessas modificações. No entanto, e uma vez que esses comportamentos estão relativamente associados a uma determinada faixa etária, creio que pessoas mais maduras não entrarão por esse caminho.
Eu adquiri uma scooter há cerca de dois anos e estou muito satisfeito. Apesar de grande parte das minhas deslocações dentro da cidade serem feitas a pé, tudo o que sejam deslocações para zonas mais distantes ou quando estou com alguma pressa, utilizo a scooter que é, de facto um veículo incrivelmente simples de conduzir, divertido e muito prático.
4 comentários:
concordo que deveriam existir espaços devidamente preparado para o estacionamento de bicicletas, sem dúvida uma forma de incentivar para este meio de transporte... e talvez para as scooters também.
Por falar em scooter, além do problema de ruído existe um outro igualmente irritante e comum nas ilhas, a mania de muitos dos condutores utilizarem o meio da via ou a esquerda da sua faixa de rodagem, dificultando qualquer ultrapassagem, situação que tem alimentado em mim uma certa antipatia por estes motoristas lentos e desrepeitadores dos outros.
De facto existem motociclistas com pouca formação cívica, tal como existem condutores com pouca formação cívica. A situação que o GeoCrusoe refere é desagradável mas não pode ser considerada uma desvantagem das scooters pelo seguinte:
Imaginemos que por cada scooter que anda na estrada existia, por exemplo, um veículo ligeiro isento de carta de condução (tipo "papa-reformas"). Ora esse veículo na estrada representa um empecilho tão grande como uma scooter com um condutor pouco consciencioso que circule no meio ou à esquerda da faixa. Em contrapartida, existem diversos condutores mais conscienciosos que circulam à direita da faixa permitindo uma facilidade de ultrapassagem por veículos automóveis que circulem mais depressa. Assim sendo, o facto de se optar por uma scooter como meio de transporte permite igualmente reduzir os incómodos aos automobilistas.
Por isso Geo, quendo voltares a confrontar-te com essa situação, em vez de pensares que aquela scooter não devia estar no teu caminho, pensa antes que em vez dela poderia estar um "papa-reformas" o que creio que seria pior.
ou... se tb tu tiveres uma scooter poderás, em vez de uma ultrapassagem, efectuar uma conversa lado a lado
a chapa do automóvel ocupa demasiado espaço na nossa pequena cidade
e... porque é que o silenciador não é obrigatório por lei
punível com uma multa até 6anos de surdez
De facto, numa cidade com circulação complicada os velocípedes são uma boa solução, como acontece em Florença ou Milão.
Mas no que toca às bicicletas, infelizmente, longe vão os tempos em era um privilégio poder usá-las na Horta. Hoje o caos no trânsito é tanto que nem na avenida se anda em segurança.
É pena, de facto, não haver ciclovias, que podiam ajudar bastante na deslocação entre distâncias tão curtas como as que temos dentro da cidade.
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