sábado, 27 de junho de 2009
banco de portugal
terça-feira, 16 de junho de 2009
torre do relógio
domingo, 14 de junho de 2009
novo quiosque largo infante (+-)
Sendo defensor da implantação de pequenos equipamentos em espaços públicos, de forma a aumentar as valências dos mesmos, acho que este novo quiosque faz bastante sentido, uma vez que este espaço é perfeito para divulgação turística, devido à sua qualidade e vista para a marina e a ilha do Pico.
Quanto à linguagem arquitectónica do referido quiosque, apesar de achar que deveria haver uma aposta em equipamentos de linguagem arte nova, pelas razões apresentadas num post anterior, creio que este equipamento está em consonância com o mobilário adoptado pela autarquia para os espaços públicos e é francamente bem melhor do que as típicas soluções que têm sido adoptadas para equipamentos móveis, como é o caso das roulotes ou barraquinhas de madeira.
Como ponto negativo apontava a sua implantação, uma vez que, no local onde está actualmente, não só invalida uma utilização mais lúdica daquela calçada (onde se podia jogar à bola, etc), como está demasiado exposta ao sol e fica algo desenquadrado.
Assim, a fim de melhorar a sua integração, propunha que o referido equipamento fosse deslocado para o local indicado na foto, entre dois metrosíderos e duas palmeiras. Com esta pequena alteração de implantação considero que resolve a totalidade dos problemas da actual implantação, uma vez que torna o referido quiosque num elemento integrado na paisagem, resolvendo, igualmente, os problemas de sobreaquecimento, graças à sombra dos metrosíderos e reduzindo os consumos energéticos com arrefecimento. Naturalmente que terá de ser executado um percurso acessível a pessoas com mobilidade reduzida, o qual poderá ser feito em materiais naturais permeáveis tais como madeira.
sexta-feira, 12 de junho de 2009
novamente o muro de Porto Pim
sábado, 6 de junho de 2009
na Horta a mobilidade é condicionada
mostra o que todos vemos na nossa cidade mas que ninguém repara
o reordenamento do transito da cidade da Horta poder-se-á transformar em algo maior, um Plano de Mobilidade, em que todos os acessos serão revistos
terça-feira, 2 de junho de 2009
Sharing Cultures 2009 (+)
Decorreu no passado fim-de-semana, na Ilha do Pico, o ciclo de conferências Sharing Cultures 2009, subordinado ao tema Património Imaterial (Intangible Heritage) e com a paisagem da vinha do Pico e as festividades do Espírito Santo como inspiração de fundo. O evento, que terminou ontem, 1 de Junho, foi organizado pelo Green Lines Institute, organização portuguesa dedicada ao desenvolvimento sustentável.
Durante 4 dias, o evento, realizado na nova Escola Primária da Madalena do Pico, contou com quase 90 apresentações de investigadores de todos os continentes a ocorrer em simultâneo em diversas salas, o que permitiu a cada um escolher as áreas que mais lhe interessavam. Pela minha parte, fiquei bem impressionada pelo interesse e qualidade geral dos conteúdos das apresentações a que assisti.
As apresentações estavam agrupadas por assunto, facilitando a escolha entre tanta oferta e a discussão por temas, para além dos exemplos e casos mais particulares e localizados: desenvolvimento sustentável; políticas e gestão; relações entre o local e o global; o intangível e o tangível; o turismo cultural; o património intangível e o museu; selecção, recolha e preservação de património imaterial; o património imaterial e a educação; as comunidades vivas; práticas de património imaterial.
Considerando os temas que mais me interessavam, as sessões a que assisti focaram particularmente o papel das comunidades na sua própria gestão e definição cultural; o património cultural e as questões sociais; o papel das instituições como os arquivos, as bibliotecas, os museus, na preservação do património imaterial e as questões tecnológicas associadas; a relação entre património material e património imaterial e a pertinência (ou não) desta distinção; dimensões subjectivas da memória, diferentes conceitos de património imaterial em diferentes culturas e tempos; relações/tensões entre autenticidade e turismo cultural.
De todas as apresentações a que assisti, realizadas por profissionais de áreas como a antropologia, a etnografia, a história, a psicologia, a sociologia ou as artes, destaco a apresentação de Paulo Ferreira da Costa, do Instituto Português dos Museus e da Conservação, intitulada "Portugal's nacional inventory of ICH: legislative, institutional and scientific contexts" que, para além de descrever o ponto da situação da salvaguarda do património em Portugal, apresentou o passo seguinte do MatrizNet * - a abertura deste site a todos os agentes culturais que possuam informação sobre o património português. O software está ainda em desenvolvimento, mas a ideia é abrir a possibilidade de carregar a base de dados (agora um inventário, mas que terá muitos mais campos como vídeos, textos de investigação, etc.) a todos os que o desejem fazer. Naturalmente, haverá um gabinete responsável pela verificação e selecção dos contributos apresentados, para garantir a qualidade final da informação disponibilizada.
Esta ideia é absolutamente inovadora a nível internacional e fez sensação na conferência. Em minha opinião é algo entusiasmante, um passo decisivo na inclusão e democratização da cultura no nosso território e será certamente uma ferramenta importante na salvaguarda de património material e imaterial, assim que estiver disponível - o IMC prevê que em Janeiro de 2010, esperemos que sim.
A estrutura do evento permitiu que os debates iniciados após as apresentações continuassem a título mais descontraído fora das sessões. O tempo para convívio e troca de ideias e experiências entre as várias pessoas foi, assim, um ponto muito forte deste evento, permitindo uma verdadeira e frutífera partilha de culturas.
A organização foi excelente. Tirando partido da (micro) escala açoriana e "picarota", todas as actividades ocorreram perto umas das outras, permitindo aos participantes circular a pé pelos lugares, tomando um verdadeiro contacto com a envolvente, apesar do mau tempo.
No geral, devo dizer que o ciclo de conferências excedeu as minhas expectativas e estou a planear inscrever-me novamente para o ano - sobre o qual ainda não há muita informação na internet mas que será em Évora, ou seja, novamente em Património Mundial.
Aqui fica o link da conferência de 2009: http://sharing.cultures2009.greenlines-institute.org/
O link da entidade organizadora: http://www.greenlines-institute.org/
E o link da conferência de 2010: http://www.heritage2010.greenlines-institute.org/
* Para quem não conhece, o Matriznet, disponível em: http://www.matriznet.imc-ip.pt/, é um site onde estão disponibilizados os inventários dos museus portugueses e onde é possível pesquisar 40 mil dos 400 mil objectos-espólio preservados nos museus portugueses.