sábado, 27 de junho de 2009

banco de portugal

Sim, é mesmo verdade, o Banco de Portugal foi adquirido pela CMH. Parabéns à câmara por esta iniciativa, evitando que o mesmo fosse parar a mãos de privados, garantindo assim que o edifício terá uma utilização pública.
De acordo com uma notícia divulgada no diário faialense "incentivo" o fim a que se destina este imóvel é a criação de um espaço para o desenvolvimento e exposição de artes. Creio que o fim é bastante apropriado e apoio totalmente essa ideia. No entanto, sendo este um espaço de discussão pública solicitava aos visitantes que deixassem a sua opinião sobre a utilização a dar ao novo imóvel da CMH.
Só para finalizar gostaria de relembrar que, apesar do alçado principal estar virado para o jardim Eduardo Bulcão, a propriedade confina a Este com a Avenida 25 de Abril, existindo desse lado um belo espaço não ocupado.

14 comentários:

Tomás disse...

apoio a iniciativa a 100%
espero que saibam agarrar este imóvel com unhas e dentes

o seu aproveitamento não se poderá ficar pelas exposições temporárias

desde o jardim entre o banco e a igreja até às "trazeiras" com a avenida 25 de abril
tudo deverá ser bem aproveitado e dinamizado

com umas pequenas intervenções até seria possível transformar o banco de portugal no museu de arte contemporânea da Horta

LPGarcia disse...
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LPGarcia disse...
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Miguel Valente disse...

Ao Zé Bitaites,
O problema do museu de Arte Sacra deverá ser resolvido pelo Governo regional, devido à sua dimensão, para o qual existe um estudo já com diversos anos para ser instalado no Convento do Carmo.
Relativamente a passar as instalações da câmara para este edifício não sei se fará muito sentido, tendo em conta que as actuais instalações da mesma têm sido, e bem, alvo de intervenções de recuperação.
Será que não haverá utilizações mais úteis para o Banco de Portugal do que servir de sede da CMH?

Tomás disse...

pena o banco de artistas não ter sido no banco
para todos percebermos as potencialidades daquele espaço

na igreja de são francisco as obras ficaram a perder muito

por falta de condições
numa igreja que precisa urgentemente de intervenção

Grifo disse...

concordo... muito boa ideia... acho que o seu jardim seria um bom espaço para iniciativas como a exposição de esculturas que existiu no largo do Infante... :)

Quanto á CMHorta nesse espaço não concordo... os seu grandes espaços não estariam a ser bem aproveitados se fosse a sede da CMH... Existindo provavelmente uma grande dificuldade na mudança de instalações e adaptamento das mesma...

Miguel Valente disse...

Devido ao facto de a CMH não ter um espaço próprio para exposição de artes creio que fará todo o sentido que parte daquele edifício sirva para isso mesmo.
Outra parte do edifício (cave ou caves) poderia ser adaptado para espaços de trabalho de artes, incluindo artes plásticas, artes visuais e artes performativas. O piso 0 que tem aquele salão magnífico bem como um balcão excepcional, poderia servir para alojar os serviços de cultura da câmara municipal, com centro de atendimento, gabinete de dinamização cultural, bar, etc.
Fica aqui a sugestão.

Mário Moniz disse...

Foi com prazer que tomei conhecimento desta notícia. É um edifício pelo qual tenho um especial carinho (trabalhei 13 anos no Banco de Portugal e, infelizmente, assisti ao seu encerramento).
Penso que todas as sugestões, por mais "malucas" que possam parecer, devem ser adiantadas, e peço encarecidamente que concordem, discordem e sugiram alterações, mas não façam comentários redutores para quem apresenta ideias com as quais não se concorda.
FORÇA. Vamos pôr a imaginação criadora a funcionar.

maugastamanhas disse...

Não concordo com o preconceito patente no facto de o edifício poder ir parar a privados. O seu uso futuro estará sempre dependente de uma licença camarária. Quem nos garante que não teria uma utilização mais proveitosa e rendível para o concelho ? Com a vantagem de se poupar um montante considerável do orçamento municipal, o qual é escasso até para as necessidades básicas e as perspectivas futuras não são as melhores.
Será que não haveria um privado do ramo das artes disposto a investir ?

Ma-nao disse...

Para mim, a aquisição do edifício pela CMH é uma boa notícia.
Não creio que isso derive de um preconceito relativamente à aquisição por parte de um privado, porque se já em poder público é difícil garantir a salvaguarda do edifício no seu todo (interior, exterior e "espírito"), quanto mais em mãos privadas. A necessidade de rentabilização acaba na maioria das vezes por falar mais alto e não vejo, no espaço cultural português (já nem digo faialense), entidades com capacidade financeira para manter um edifício das dimensões do Banco de Portugal apenas por razões mecenáticas, respeitando a sua integridade.
Estamos a falar de um edifício único no espaço da Horta, que marca uma época e cuja história está ligada à da ilha.
Concordo com a reutilização daquele espaço para actividades culturais, mas penso que é importante encontrar uma utilização que não venha sobrepor-se ou duplicar ofertas culturais actualmente existentes, o que, em última análise, poderia inviabilizar os respectivos projectos.
A ideia de um local para desenvolver projectos artísticos, como oficinas no piso -1, como o Miguel já referiu, parece-me interessante. Esse equipamento não existe ainda na cidade e pode ser uma forma de a dinamizar.
Sem excluir a possibilidade de parcerias com privados, podia funcionar com bolsas (para a utilização dos espaços) atribuídas por concurso, com contrapartidas como, por exemplo, o compromisso do/a bolseiro/a de realizar uma ou duas exposições/mostras/performances/workshops anuais, mostrando o trabalho realizado, etc.

faisca disse...
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faisca disse...

Quando por todo o lado se incentiva e tenta promover a iniciativa privada, nos Açores e no Faial em particular faz-se transparecer que os organismos públicos, é que têm o direito e o dever de ser responsáveis por tudo o que acontece. É assim agora com esta questão do edifício, quem garante que o particular não poderia ter boas ideias para a sua utilização, será que os comentadores que aplaudem a iniciativa da CMH sabem alguma coisa que os restantes desconhecem, se não, deviam abster-se de aplaudir a CMH. Também é assim na vida quotidiana da grande maioria da população, que o que quer é um empregozinho na função pública, sem grandes ondas, sem chatices e que permita fazer uma vida descontraída e sem stress, é ver a quantidade de pessoas que deambulam pela Cidade em horário laboral, concerteza que a grande maioria não está de férias ou desempregada. Por favor deixem a inicitiva privada, quem a tem, avançar e progredir, pois pelos exemplos recentes vimos que não poderá ser o estado a alavancar-nos, não tem capacidade para tal. E, já agora será que a CMH não teria mais onde gastar o dinheiro (que não tem, tem que endividar-se ainda mais), bons exemplos não têm faltado neste blog.

Miguel Valente disse...

Ao Faísca,

Estando absolutamente de acordo que a iniciativa privada é essencial para o desenvolvimento económico de qualquer sociedade, não posso concordar com a ideia que o Banco de Portugal ficasse em boas mãos caso fosse adquirida por particulares. A razão porque entendo que esta iniciativa da CMH foi muito positiva deve-se ao facto de, infelizmente, a iniciativa privada nesta ilha estar demasiado centrada no sector da construção e do turismo. Estando eu próprio ligado ao sector da construção, e ainda por cima exercendo por conta própria, e, como tal, dependente em grande parte das iniciativas privadas, não consigo, no entanto, concordar que se transforme um edifício como o Banco de Portugal num hotel, edifício de escritórios ou outra actividade que implique demasiadas alterações ao edifício, como sucedeu ao cinema Eden em Lisboa.
Creio que a utilização como espaço cultural permitirá uma adaptação mais ligeira do edifício. Não acredito que qualquer privado fosse apostar num sector que só dá despesas, como é o caso das actividades artísticas.
Exactamente por estas actividades não serem lucrativas é que são, nas sua maioria, desenvolvidas pelo sector público ou por associações sem fins lucrativos, uma vez que o acesso à cultura e às artes são um direito que nos assiste.
Já a residencial internacional ou o edifício junto às finanças são edifícios notáveis que devem ser recuperados e acho que faz todo o sentido que sejam adquiridos por particulares, uma vez que os mesmos suportam perfeitamente quaisquer reabilitações que tenham uma utilização ligada à hotelaria, habitação ou para escritórios, utilizações mais lucrativas para a iniciativa privada.

Tomás disse...

não sei se leram a crónica da maria do céu brito no fazendo

mas vem totalmente a propósito
http://www.fazendofazendo.blogspot.com/