domingo, 17 de maio de 2009

reordenamento do trânsito da cidade (2)

No seguimento da petição para o reordenamento do trânsito da cidade da Horta (ver lado esquerdo da página), e esperando que este blog tenha agora mais visitantes e participações, colocamos novamente à apreciação de todos os visitantes uma proposta de reordemanento do trânsito que foi apresentada neste blog em Março.
Neste estudo a circulação está dividida em 4 níveis diferentes;

-Trânsito automóvel interdito (vermelho): ruas que serão, ou já são, de uso exclusivo pedonal.
-Trânsito auomóvel condicionado nível 1 (laranja): ruas com trânsito automóvel exclusivo a moradores ou veículos autorizados, com colocação de monges com elevador nas entradas das ruas.
-Trânsito automóvel condicionado nível 2 (amarelo): ruas com trânsito automóvel livre com velocidade limitada a 30km/h e prioridade total dos peões.
-Trânsito automóvel livre (verde): ruas com trânsito automóvel livre com velocidade limitada a 50Km/h e existência de passadeiras para passagem de peões.
Nas ruas de trânsito automóvel condicionado (ambos os níveis) propõe-se a eliminação de desníveis entre passeios e arruamento, de forma a que tudo seja passeio, com as devidas marcações de circulação e estacionamento. Creio que com esta solução os automobilistas sintam que estão a circular em zonas pedonais reduzindo assim a velocidade e aumentando os cuidados com os peões.
Como se poderá observar, na proposta apresentada alteramos alguns sentidos de circulação.
Ao nível da Av. 25 de Abril, e tendo em conta a sua importância, propomos que em alguns troços da mesma a circulação automóvel seja feito junto às construções existentes, criando duas bolsas de trânsito automóvel interdito, nas quais poderão ser criados espaços para jardins, esplanadas, parques de estacionamento, etc.
Chamamos a atenção que, após diversas participações aquando esta proposta foi apresentada pela primeira vez, o presente estudo será alterado na rua Nova e rua da Rosa (Porto Pim) em que o condicionamento do trânsito passará a ser de nível 1 (laranja) em vez de nível 2 (amarelo).
Uma vez que esperamos que sejam apresentadas mais alterações optámos por não alterar ainda o referido estudo, de forma a efectuar as alterações de uma só vez.
Solicitamos a todos os visitantes que participem e ajudem a melhorar esta proposta.

18 comentários:

Mário Moniz disse...

Sem dúvida que a nossa cidade carece dum urgente reordenamento de trânsito.
Penso estarmos no momento certo para encetar a recolha de contributos porque com as obras anunciadas para o porto e do saneamento básico, há que coordenar convenientemente a logística de todos estes processos.
É a oportunidade de dizermos a quem decide: "É isto que queremos. A partir daqui é com o quem tiver capacidade técnica e/ou vontade política!"
Não esquecer, sobretudo, o interesse de quem cá vive, de quem nos visita e a necessidade de projecção do nosso comércio tradicional, modernizado q.b.
...bora lá!!!

horta disse...

A nossa avenida marginal é, sem dúvida, o parque de estacionamento mais bonito do mundo mas, 2 pessoas não conseguem passear lado a lado nos seus passeios

Grifo disse...

Horta, bom... só tenho que discordar contigo, a nossa avenida é dos poucos sítios que contrariam essa tendência e dá para um numero razoável (4 ou 5) lado a lado no passeio...

Continuo somente a discordar daqueles dois cortes da avenida, acho que se devia cortar o caminho que vai passar a ser o único a ser possível circular e colocar a avenida com 4 faixas de rodagem e o outro seria uma ciclo via (e estrada de acesso a veículos de emergência, parque de estacionamento para compensar o perdido e jardins decentes...

Tomás disse...

Grifo, bom... só tenho que discordar contigo, a nossa avenida é única no mundo
e os carros que por lá passam não devem querer chegar rápido a muitos sítios
porque nós vivemos numa ilha

a avenida pode continuar com as suas mais do que suficientes 2 faixas e os passeios serem dimensionados para que 10amigos possam passear lado a lado

uma zona pessoal onde as crianças possam correr e onde as bicicletas tenham espaço para cair para o lado sem magoar ninguém


espaço

podemos deixar de ter o aspecto e a qualidade de vida urbana da cidade de provincia que já não somos

Mário Moniz disse...

É extraordinário ler as diferentes opiniões e propostas, em apenas 3 posts.
É evidente que "cada cabeça sua sentença" e cada qual dá a sua opinião a partir de determinado ponto de vista ou estímulo.
É desta panóplia de iniciativas, opiniões e divergências que poderá nascer um senso comum que permita chegar ao produto final, maioritariamente defendido pelas opiniões comuns.
Diferenciado depois pela capacidade técnica dos responsáveis e bem explicado o porquê de ser assim e não poder ser "assado", para que mesmo que não goste, me possa render à evidência e tomar a opção como minha.

Miguel Valente disse...

Tal como o Tomás, acho que uma faixa para cada sentido é mais que suficiente para uma boa circulação. Creio que a solução actual, além de não permitir uma boa largura de passeios tem o problema gravíssimo de ser uma recta demasiado longa o que incentiva o excesso de velocidade por parte de alguns "aceleras".
Com os desvios propostos não só cria obstáculos ao excesso de velocidade com cria bolsas para utilização pública em adição aos passeios.

Grifo disse...

Ao Miguel Valente e Tomás
Sim talvez as 4 faixas sejam exageradas, mas tal como no centro da cidade as lojas e cafés estão no lado oeste da avenida, onde já existem uns jardins mal tratados.

Na minha opinião, as estrada devia ser chegada mais para oeste (maior espaço de passeio no lado este, e colocação de um caminho para viaturas de emergência e cargas e descargas (sentido único).

Devido à falta de estacionamento que se vai fazer sentir, acho que se deveria fazer um bem planeado parque de estacionamento numa pequena parte da zona acho que vou desenhar...

Grifo disse...

http://img41.imageshack.us/img41/8900/imagem1x.png

o que acham?

Tomás disse...

Acho que a solução a adoptar deve ter um carácter mais profundo

não se devendo colar, nem viver em harmonia com os "alindamentos" de que a avenida está a ser alvo

o estacionamento devia ser concentrado em duas ou três zonas
perto da avenida mas não na avenida
Rua Consul Dabney
Largo Duque d'Ávila
Travessa de São Francisco


já tinha feito uma referência a isso num artigo do FAZENDO
http://issuu.com/fazendofazendo/docs/10edicao/5?mode=embed&documentId=090206005612-9211d4818b4e429988dde96e59ce9678&layout=grey

Grifo disse...

Mas esses parques já existem... só há o problema do estacionamento que se irá perder, esse tem de ir para algum lado e acho que aqueles pequenos espaços na avenida são ideais, na minha opinião, nem é um espaço muito grande, e concentraria todos os lugares de estacionamento retirados ás bermas da estrada da avenida para o alargamento do passeio Este e dos jardins oeste, da minha proposta.

Acho que assim seria algo bem melhor e gostaria de ouvir mais criticas á minha proposta... :)

Tomás disse...

estou a falar de parques de estacionamento a sério

e não de carros no passeio, no relvado ou em fila indiana

enterrar os carros
e aproveitar o solo!

Tomás disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Grifo disse...

Pois, dês que não deforme a cidade como o de ponta delgada...

A ilha dentro de mim disse...

A ideia do Tomás de enterrar os carros num parque subterrâneo seria certamente a melhor opção para aliviar o visual da cidade.

Resta se:

- Será viável estruturalmente falando: As estruturas antigas da cidade em torno das zonas propostas aguentariam a pressão das escavadoras no solo?

- Será viável financeiramente falando: O elevado volume de investimento que implicaria compensa numa cidade com o um volume de tráfego da dimensão do da Horta?

Tomás disse...

financeiramente - não faltam apoios para este tipo de intervenções

estruturalmente - já se fizeram manobras bem mais arriscadas em locais muito sensiveis, logo, é possivel
e ainda por cima não é preciso escavar mais do que 5metros

Miguel Valente disse...

Concordo com o Tomás. Existem diversas soluções para estacionamento que não passem por retirar espaços de passeio para esse efeito. Em Lisboa existem diversos parque de estacionamentos subterrâneos abaixo do nível do rio. As instalações sanitárias da marginal estão abaixo do nível do solo. mesmo que não fiquem totalmente enterrados existem soluções que permitam uma ocultação dos automóveis. Parece-me no entanto essencial eliminar a actual reta que serve de convite aos aceleras. Parece-me essencial a criação de bolsas de utilização pública e a eliminação da ilha que existe actualmente que só serve para estacionar automóveis e para a semana do mar.

faisca disse...

Concordo com algumas das propostas apresentadas, principalmente as que limitam o trânsito em diversas artérias da Cidade. No entanto deixo aqui algumas contribuições, e por favor não venham falar em custos elevados, pois nós também pagamos impostos e temos os mesmos direitos dos habitantes de outras Cidades, está na altura dos Faialenses alargarem horizontes e pensarem em grande e olhar para o futuro. Então lá vai:

1 - Fazer um novo passeio marginal com 20,30 ou até 40 metros de largura entre a rosa dos ventos até onde as obras do novo Cais o permitirem, a actual via de circulação ficava apenas para trânsito, no actual passeio fazia-se estacionamento, no novo passeio poderiam passar as condutas do saneamento (não seria necessário escavar a actual avenida, a vala já estaria feita), criavam-se zonas de lazer, jardins, parque infantil, etc. bons exemplos não faltam noutras Cidades, bem como se criaria um espaço para a realização da Semana do Mar, sem os incómodos que agora causa. Além disso libertava o espaço entre a Avenida e as casas para o embelezamento que o espaço e a Cidade merecem.

2 - No espaço entre o Bairro de Fundo de Fomento e o Conservatório, poder-se-ia facilmente criar-se um grande parque de estacionamento com pelo dois pisos (0 e -1), podendo até no espaço 0 fazer-se alguma coisa de jeito, pois neste momento o que lá existe é ZERO.
Deixo estas considerações.

Miguel Valente disse...

Ao Faísca,
Partindo do princípio que o novo passeio que propõe é do lado nascente do muro, ou seja, onde actualmente estão as pedras de quebra-mar, a ideia parece-me bastante apelativa, principalmente se o referiod passeio ficar mais abaixo que o nível da marginal, de forma a conseguirmos ignorar a presença dos automóveis. Não creio que o mesmo necessite ter mais do que 20m de largura e ainda dá espaço para criar espaços para lojas, cafés, postos de turismo, etc. encostados ao muro actual ficando a frente livre para a circulação pedonal e esplanadas. O problema desta solução é que a mesma está dependente da APTO e não da CMH porque essa área pertence ao Porto da Horta.
Quanto ao parque de estacionamento na Cônsul D'Abney parece-me uma óptima ideia, uma vez que a situação actual não é muito feliz.
Obrigado pela participação.